Notícia
EDP cai mais de 2% e arrasta PSI-20 para o vermelho
Na última sessão da semana, a bolsa nacional abriu em queda com as acções da EDP a pressionar. Em causa está a previsão dos lucros que baixou de 800 milhões de euros para entre 500 e 600 milhões de euros.
O PSI-20 arrancou a sessão desta sexta-feira, dia 28 de Setembro, a cair 0,63% para os 5.389,62 pontos, em grande parte por causa das quedas da EDP e do BCP. A bolsa nacional acompanha assim a tendência negativa na Europa.
As bolsas asiáticas tinham fechado em alta com o Nikkei, a bolsa de Tóquio, a alcançar um máximo de 27 anos, depois de o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, ter dito que não esperava uma recessão no curto-prazo. Wall Street também fechou no verde.
Na Europa as atenções focam-se em Itália. O Governo anunciou que o défice orçamental dos próximos anos será de 2,4%, o que - ainda que fique abaixo dos 3% imposto por Bruxelas - dá um sinal de menor ajustamento no país que tem a segunda maior dívida pública da Zona Euro (133,4% do PIB). A decisão surgiu depois da reunião do Executivo desta quinta-feira.
O encontro foi precedido de grande tensão à volta do ministro das Finanças, Giovanni Tria, que, segundo a imprensa italiana, queria um défice inferior a 2%. Tria terá até ameaçado sair, mas as divisões não impediram o Governo de aprovar um défice mais alto, tal como queriam Luigi Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas, e o Matteo Salvini, líder da Liga.
A incerteza italiana afectou sobretudo a banca, mas o contágio aos pares europeus foi "contido", admitiam os analistas do BPI ontem, mas hoje o cenário pode ser diferente. "É previsível que as yields italianas sofram um incremento, o que poderá penalizar as acções do país, especialmente as bancárias", antecipam no comentário de abertura, referindo que "existe igualmente o risco de contágio aos mercados obrigacionista e accionista dos demais países do Sul da Europa". É isso que se verifica: o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a cair 0,26% para os 385,36 pontos com o sector da banca a cair 1%.
Em Lisboa, o BCP, por exemplo, registou quedas no início da sessão de ontem, mas deu a volta. Já esta sexta-feira as acções do Banco Comercial Português estão a cair 0,95% para os 26,17 cêntimos.
A EDP está a cair 2,31% para os 3,217 euros - cotação abaixo dos 3,26 euros oferecidos pelos chineses da China Three Gorges na OPA lançada em Maio -, depois de ter anunciado um corte na estimativa dos lucros para este ano de 800 milhões de euros para um intervalo entre 500 e 600 milhões de euros. Isto também um dia depois dos accionistas da EDP decidirem, por unanimidade, avançar com um processo contra o Estado português devido aos chamados custos inovatórios que o Governo não quer reconhecer.
A maior parte das cotadas da bolsa nacional estão a cair. É o caso das retalhistas Jerónimo Martins que desliza 0,69% para os 11,44 euros e Sonae que perde 0,5% para os 89,8 cêntimos. Já a Mota-Engil desvaloriza 1,59% para os 2,16 euros, assim como a Navigator que desce 0,84% para os 4,252 euros e a Semapa que desliza 0,46% para os 17,20 euros.
A Altri é uma das poucas cotadas que sobe ao valorizar 0,12% para os 8,34%. O mesmo acontece com as acções do CTT que avançam 0,29% para os 3,4 euros.
(Notícia actualizada às 8h20)
As bolsas asiáticas tinham fechado em alta com o Nikkei, a bolsa de Tóquio, a alcançar um máximo de 27 anos, depois de o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, ter dito que não esperava uma recessão no curto-prazo. Wall Street também fechou no verde.
O encontro foi precedido de grande tensão à volta do ministro das Finanças, Giovanni Tria, que, segundo a imprensa italiana, queria um défice inferior a 2%. Tria terá até ameaçado sair, mas as divisões não impediram o Governo de aprovar um défice mais alto, tal como queriam Luigi Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas, e o Matteo Salvini, líder da Liga.
A incerteza italiana afectou sobretudo a banca, mas o contágio aos pares europeus foi "contido", admitiam os analistas do BPI ontem, mas hoje o cenário pode ser diferente. "É previsível que as yields italianas sofram um incremento, o que poderá penalizar as acções do país, especialmente as bancárias", antecipam no comentário de abertura, referindo que "existe igualmente o risco de contágio aos mercados obrigacionista e accionista dos demais países do Sul da Europa". É isso que se verifica: o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a cair 0,26% para os 385,36 pontos com o sector da banca a cair 1%.
Em Lisboa, o BCP, por exemplo, registou quedas no início da sessão de ontem, mas deu a volta. Já esta sexta-feira as acções do Banco Comercial Português estão a cair 0,95% para os 26,17 cêntimos.
A EDP está a cair 2,31% para os 3,217 euros - cotação abaixo dos 3,26 euros oferecidos pelos chineses da China Three Gorges na OPA lançada em Maio -, depois de ter anunciado um corte na estimativa dos lucros para este ano de 800 milhões de euros para um intervalo entre 500 e 600 milhões de euros. Isto também um dia depois dos accionistas da EDP decidirem, por unanimidade, avançar com um processo contra o Estado português devido aos chamados custos inovatórios que o Governo não quer reconhecer.
A maior parte das cotadas da bolsa nacional estão a cair. É o caso das retalhistas Jerónimo Martins que desliza 0,69% para os 11,44 euros e Sonae que perde 0,5% para os 89,8 cêntimos. Já a Mota-Engil desvaloriza 1,59% para os 2,16 euros, assim como a Navigator que desce 0,84% para os 4,252 euros e a Semapa que desliza 0,46% para os 17,20 euros.
A Altri é uma das poucas cotadas que sobe ao valorizar 0,12% para os 8,34%. O mesmo acontece com as acções do CTT que avançam 0,29% para os 3,4 euros.
(Notícia actualizada às 8h20)