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Dow vive melhor sessão desde 1933 a disparar mais de 11%

As bolsas norte-americanas dispararam, na expectativa de que o projeto de lei governamental para um novo pacote orçamental seja aprovado.

Reuters
24 de Março de 2020 às 20:10
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O Dow Jones encerrou a escalar 11,37% para 20.704,91 pontos (ou 2.112,98 pontos), depois de ontem negociar abaixo dos 19.000 pontos. Tratou-se do maior ganho do Dow dos últimos 77 anos.

 

Também o Standard & Poor’s 500 seguiu o movimento positivo, a subir 9,38% para 2.447,33 pontos, naquele que foi o seu melhor dia desde 2008.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite avançou 8,12% para 7.417,86 pontos.

  

Os principais índices do outro lado do Atlântico viveram assim um dia de grande otimismo, perante a expectativa de que a bazuca proposta pela Administração Trump, e que ascende a perto de dois biliões de dólares, seja aprovada.

 

Na sessão de ontem, apesar dos estímulos anunciados pela Fed, Wall Street esteve a ser abalada pelo facto de os congressistas norte-americanos não terem conseguido chegar a acordo quanto ao uso de um vasto pacote de estímulos, no valor de quase dois biliões de dólares, destinado a ajudar o país a combater os efeitos da pandemia.

 

Os democratas no Senado disseram ter encontrado "sérias questões" com este pacote promovido pelo líder dos republicanos na câmara alta, Mitch McConnell, já que não concordaram com parte do destino a dar a essa verba.

 

Hoje, a aprovação desse pacote já parece um cenário mais promissor, o que deu um novo alento à negociação bolsista nos EUA.

A CNBC avançou que Donald Trump e o seu vice, Mike Pence, realizaram hoje uma videochamada com investidores e hedge funds no sentido de os tranquilizar.

A montanha russa do barómetro do medo

Enquanto isso, a volatilidade mantém-se. E fortíssima. O índice de volatilidade VIX, também conhecido como "barómetro do medo" tem oscilado para cima e para baixo como nunca antes, destaca a CNN Business.

 

Na semana passada disparou para um máximo de sempre, no fecho, com os investidores a recearem cada vez mais que a pandemia de covid-19 provoque uma recessão ou até mesmo uma depressão – nunca antes tinha tido uma subida tão grande num ciclo de seis sessões consecutivas, segundo o Bespoke Investment Group.

 

Agora, está a acontecer o oposto. Depois de fechar num nível recorde de 82,69 pontos na semana passada, o VIX já quebrou a fasquia dos 60 pontos. A única vez, desde 1990, que o VIX registou tamanha queda foi em novembro de 2008, em plena crise financeira.

 

"O VIX regressou à terra, ou pelo menos à estratosfera, a uma velocidade de queda enorme", comentou esta terça-feira o Bespoke investment Group numa nota de análise citada pela CNN.

 

Contudo, isso não significa que o pior já passou para as bolsas, advertiu. É que em novembro de 2008 o S&P 500 afundou mais 15% depois de o VIX ter caído (ou seja, depois de a volatilidade ter diminuído).

 

E os índices de Wall Street, recorde-se, só bateram no fundo em março de 2009 – altura em que começaram a subir, marcando o mais longo "bull market" de sempre, agora interrompido drasticamente e com os três índices já em "bear market" há duas semanas.

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