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Direitos do BCP abrem nos 61 cêntimos e penalizam acções  

Os direitos arrancaram a negociar em bolsa bem abaixo do preço teórico, o que está a penalizar as acções do banco.  

Chineses passam a 'dominar' BCP: Depois de anos à procura de um novo accionista de referência, o BCP atraiu a Fosun para o seu capital. O grupo chinês aproveitou a pressão sobre o banco para se tornar no seu maior accionista, com um investimento de apenas 175 milhões e deixando para trás a Sonangol. Em breve, a Fosun deve chegar a 30% do BCP. A entrada dos chineses ditou a saída do Sabadell, grupo espanhol que era parceiro histórico do banco de Nuno Amado que preferiu sair do BCP.
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19 de Janeiro de 2017 às 08:15
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As acções do Banco Comercial Português estão a negociar em terreno negativo pela primeira vez em três sessões, pressionadas pela negociação dos direitos de subscrição do aumento de capital bem abaixo do preço teórico.

 

As acções caem 2,48% para 15,7 cêntimos, depois de ontem terem fechado a sessão nos 16,1 cêntimos. No primeiro dia de negociação em bolsa os direitos estão a ser transaccionados nos 61 cêntimos, bem abaixo do preço teórico que resulta da cotação de fecho de ontem (1,005 euros).

 

Uma diferença substancial (próxima dos 40%) que explica a queda das acções, já que os dois títulos tendem a cotar em equilíbrio. Um direito permite a subscrição de 15 novas acções, mediante o pagamento de 9,4 cêntimos cada uma.

 

A cotação de abertura de hoje das acções (15,7 cêntimos) aponta para um valor teórico dos direitos de 90,5 cêntimos, bem cima da cotação efectiva. Já a cotação efectiva dos direitos (61 cêntimos) aponta para um valor teórico das acções de 13,47 cêntimos. Quer isto dizer que os direitos estão "baratos" em relação às acções, sendo que a aquisição dos direitos permite a compra de acções a um preço equivalente de 13,47 cêntimos. 

Minutos depois da abertura da sessão os direitos recuperaram, negociando nos 66 cêntimos. E as acções aprofundaram a queda, desvalorizando 3,73% para 15,5 cêntimos. Apesar da convergência, os dois títulos continuam em forte desequilíbrio

 

São dois os factores que mais deverão determinar a evolução dos direitos. A pressionar está o facto de muitos accionistas que não pretendem acompanhar o aumento de capital terem de vender estes títulos em bolsa. Por outro lado, a Fosun vai ter que comprar mais de 134 milhões de direitos para cumprir a promessa de reforçar no BCP para 30% neste aumento de capital.

 

Os direitos vão negociar em bolsa até 30 de Janeiro, sendo que o período de exercício termina a 2 de Fevereiro. Cada direito permite a compra de 15 acções, mediante o pagamento de 9,4 cêntimos por cada uma.

 

Para simular a sua carteira e saber quais os valores teóricos das acções e dos direitos face aos valores a que estão a negociar em bolsa, utilize a calculadora do Negócios.

 

(notícia actualizada às 8:30 com mais informação)

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