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Desde Agosto de 2015 que Wall Street não subia tanto num só dia

Perto do final da sessão desta segunda-feira, a Bloomberg anunciava que os ganhos que se observavam em Wall Street eram os mais significativos desde últimas eleições presidenciais dos EUA, a 8 de Novembro de 2016, que deram a Donald Trump a vitória. Mas os índices continuaram a subir e chegaram a um patamar ainda mais distante: desde Agosto de 2015 que não somavam tanto numa só sessão. Tudo à conta do alívio das tensões comerciais que envolvem os Estados Unidos em várias frentes.

Reuters
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 26 de Março de 2018 às 21:21

Depois de na passada sexta-feira as bolsas norte-americanas terem registado quedas semanais que não se viam há mais de dois anos, hoje registaram os ganhos mais acentuados desde Agosto de 2015.

 

A contribuir para este movimento positivo esteve a diminuição de receios em torno de uma eventual escalada das tensões comerciais, isto depois de os EUA e a China terem concordado em negociar uma solução para melhorar o acesso das empresas norte-americanas ao mercado chinês - após a imposição na semana passada, de parte a parte, de medidas proteccionistas sob a forma de novas tarifas aduaneiras sobre produtos de ambos os países.

 

O secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, disse à Fox News que está esperançoso em que a China chegue a acordo para evitar tarifas no valor de 50 mil milhões de dólares sobre as exportações dos seus produtos para os EUA, ao passo que os líderes europeus solicitaram uma exclusão permanente das tarifas sobre o aço e o alumínio que os EUA impuseram a vários países (a União Europeia teve direito a isenção temporária, enquanto se procura uma solução, mas ameaça retaliar se essa isenção for levantada).

 

O Dow Jones fechou a somar 2,84% para 24.200,71 pontos e o índice Standard & Poor’s 500 avançou 2,79% para se estabelecer nos 2.660,36 pontos – com 20 títulos em alta por cada um no vermelho.

 

Também o Nasdaq Composite negociou no verde, a disparar 3,26%, para 7.220,54 pontos.

 

Os títulos ligados aos serviços financeiros – com especial relevo para a Comerica e a Metlife – e aos microprocessadores lideraram os ganhos do S&P 500.

 

Assim, apesar dos dissabores do Facebook, as tecnologias acabaram por encerrar em alta, muito à conta das fabricantes de microchips. A ajudar esteve também a Microsoft, que disparou 7,6%, seguida da Apple com um ganho de 4,8%.

 

As acções da empresa liderada por Mark Zuckerberg chegaram hoje a afundar 6,51% para menos de 150 dólares (pela primeira vez desde Julho de 2007), depois de a Comissão de Comércio Federal dos EUA, a principal reguladora de defesa do consumidor no país, ter dito que está a investigar de que forma a rede social permitiu que os dados de 50 milhões de utilizadores caíssem nas mãos de uma empresa de consultoria política.

 

Esta investigação intensificou as pressões por parte dos legisladores nos EUA e na Europa, que querem que Zuckerberg explique como é que a sua empresa gere os dados.

A meio do dia, novo escândalo pairava sobre o "Face", dado que os utilizadores da rede social, ao descarregarem os seus dados pessoais armazenados desde que abriram as suas contas, perceberam que também ficaram guardados registos de chamadas feitas pelo smartphone e também mensagens enviadas por SMS.

Contudo, a cotada acabou por conseguir chegar à tona nos últimos minutos de negociação, terminando a avançar 0,42% para 160,06 dólares.

Entretanto, uma comissão do Senado norte-americano convidou esta segunda-feira os presidentes executivos do Facebook, Alphabet (casa-mãe da Google) e Twitter a testemunharem a 10 de Abril sobre privacidade dos dados.

 

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