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Credit Suisse afunda 60%. Ações já valem menos que preço que UBS vai pagar

O UBS pagou três mil milhões de francos suíços - 0,76 francos suíços por ação, pagos em ações do UBS - para desbloquear o negócio. Os dois bancos envolvidos no negócio estão em queda livre no mercado acionista.

20 de Março de 2023 às 10:16
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O Credit Suisse afunda 60,97%, registando o pior dia em bolsa de sempre. Além disso, as ações do banco com sede em Zurique negoceiam nos 0,726 francos suíços, abaixo do preço acordado para a compra da instituição.

O UBS vai pagar três mil milhões de francos suíços - 0,76 francos suíços por ação, pagos em ações do UBS - para desbloquear o negócio.

Desde o início do ano, o banco liderado por Ulrich Koerner já perdeu quase três quartos do seu valor em bolsa (-73,73%).

Por sua vez, o UBS tomba 11,16% para 15,20 francos suíços, caindo para mínimos de outubro do ano passado, tendo desde o início do ano desvalorizado 11,65%.

O Credit Suisse adiantou que, tendo em conta as "circunstâncias únicas que afetam a economia suíça como um todo", o Conselho Federal Suíço emitiu uma portaria de emergência para esta transação específica, de acordo com um comunicado.

"Mais importante ainda, a fusão será implementada sem a aprovação necessária dos acionistas do UBS e do Credit Suisse para aumentar a certeza do negócio", disse, acrescentando que as partes esperam que a operação seja concluída até final deste ano.

A fusão entre estes gigantes da banca, que integram o clube dos 30 estabelecimentos bancários considerados demasiado grandes para falir, foi fechada e anunciada antes da abertura dos mercados asiáticos, tentando evitar o pânico.

O setor bancário tem estado sob tensão desde que os grandes bancos centrais começaram a subir fortemente as taxas de juro para controlar a inflação. Muitos bancos não conseguiram preparar-se, após anos de dinheiro barato.

O recente colapso, nos Estados Unidos, do Silicon Valley Bank e de outros bancos regionais aumentou a angústia dos investidores e levou-os a vender os títulos dos bancos considerados mais fracos.

No caso do Credit Suisse, que atravessou um período de dois anos difíceis e alguns escândalos, os esforços da liderança para apresentar um plano de reestruturação de três anos pouco resolveram.

O UBS vai beneficiar agora de uma garantia de nove mil milhões de francos suíços (9,11 milhões de euros) do Governo, para servir com um seguro caso sejam descobertos problemas em carteiras muito específicas do Credit Suisse.

O banco central anunciou também uma linha de liquidez que vai até 100 mil milhões de francos suíços (102 mil milhões de euros) para o UBS e o Credit Suisse.

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