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Credit Suisse adia publicação de resultados após chamada do regulador dos EUA

As ações do Credit Suisse chegaram a cair 6% depois ter adiado a publicação do relatório e contas de 2022 devido a uma chamada do regulador dos Estados Unidos sobre irregularidades nos fluxos de caixa de 2019 e 2020.

Denis Balibouse / Reuters
09 de Março de 2023 às 12:50
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O Credit Suisse adiou a publicação do relatório e contas do exercício de 2022, após ter recebido uma chamada da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), que levantou questões sobre os relatórios de 2019 e 2020, fazendo as ações desvalorizarem logo a seguir até 6%. O banco garante, no entanto, que as contas deste ano não serão afetadas. 

A cotada adiou a publicação do relatório e contas depois do regulador norte-americano ter ligado na noite de quarta-feira com questões "sobre a avaliação técnica de revisões divulgadas anteriormente nas demonstrações consolidadas de fluxo de caixa nos anos encerrados em 31 de dezembro de 2020 e 2019, bem como controlos relacionados".

"Confirmamos que os resultados financeiros de 2022, tal como anteriormente divulgados a 9 de fevereiro de 2023, não são afetados pelo acima exposto", confirmou o banco em comunicado. Apesar desta garantia, os investidores não compraram o argumento e as ações chegaram mesmo a cair 6%. 

O Credit Suisse, no último ano, passou por vários escândalos, o que tem feito com que o mercado tenha vindo a perder confiança neste. Só nos últimos três meses do ano, os clientes retiraram 111 mil milhões de francos suíços, sendo que a saída mais elevada de capital foi em outubro, altura em que surgiram rumores nas redes sociais sobre a saúde financeira da instituição.

A saída do capital e a queda nas receitas de investimento levaram o banco a registar um prejuízo de 1,4 mil milhões de francos suíços no último trimestre do ano, o maior desde a crise financeira de 2008 e a quinta queda consecutiva. Isto levou o banco a embarcar numa reestruturação radical com o objetivo de voltar aos lucros. Entre as medidas está o corte de nove mil pessoas da sua força de trabalho total de 52 mil trabalhadores.

Segundo a Bloomberg, "o perfil de risco em torno do banco não inspira otimismo. A maioria das agências de rating avaliaram a situação da empresa como negativa. A pressão continua e as notícias estão a arrastar o preço das ações para baixo. Tudo isto aumenta a probabilidade de colapso do banco, que se aproxima atualmente de 2,84%".
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