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Credit Suisse tomba para mínimos de sempre com investigação a declarações do presidente

O segundo maior banco suíço está a ser investigado pelo regulador do país, de acordo com uma notícia da Reuters, devido a declaração enganosas do presidente. As ações da instituição chegaram a cair perto de 6%.

Arnd Wiegmann / Reuters
21 de Fevereiro de 2023 às 12:29
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O Credit Suisse chegou a tocar em mínimos de sempre esta terça-feira. As ações do banco desvalorizaram 5,7% para 2,613 francos suíços, o valor mais baixo por ação desde que a instituição financeira entrou em bolsa.

 

Como justificação para a queda estará uma notícia da Reuters que dá conta que o regulador financeiro da Suíça (FINMA) estará a investigar declarações feitas pelo presidente do banco, Axel Lehmann, que terá revelado que os fluxos financeiros da instituição tinham estabilizado no início de dezembro.

 

De acordo com duas fontes citadas pela agência, em causa está o facto de os responsáveis do banco, incluindo Lehmann, terem conhecimento, à data em que os comentários foram realizados, que os clientes ainda estavam a retirar capital dos fundos.

 

Numa entrevista, primeiro ao Financial Times e depois à Bloomberg, o responsável do banco tinha explicado que a saída de capital, que tinha registado um pico no início de outubro, tinha "basicamente parado". Mas os resultados publicados este mês mostram que os "outflows" de dezenas de milhares de milhões de dólares continuaram até ao final do trimestre.

 

O regulador estará agora a investigar se os comentários terão sido enganadores, até porque no dia das declarações as ações do Credit Suisse chegaram a subir 10%.

 

O segundo maior banco suíço revelou, nos resultados referentes aos últimos três meses de 2022, que os clientes retiraram 110,5 mil milhões de francos suíços (112 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual). Um valor que superou as expectativas dos analistas e que levou a cotada a perder cerca de 15% no dia.

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