Notícia
Cotadas do sector da canábis disparam com legalização no Michigan
O Michigan tornou-se o décimo estado norte-americano a legalizar o consumo recreativo da canábis. As cotadas do sector estão a reagir de forma positiva.
Já há dez estados norte-americanos onde é legal consumir de forma recreativa canábis. O décimo estado a tornar isso possível foi o Michigan esta terça-feira, onde a questão foi a votos a par das eleições intercalares. As acções do sector estão a subir no arranque da sessão nos Estados Unidos.
A decisão dos eleitores não é imediata uma vez que será implementada gradualmente ao longo dos próximos anos. Além disso, os municípios dentro do estado podem banir ou restringir os negócios de canábis. No entanto, este resultado abre a porta a mais um mercado dentro dos EUA para as empresas que já estão no sector.
A venda de canábis, tanto da erva em si como de comestíveis, será sujeita a um imposto de 10%. A entrada em vigor da medida poderá acontecer ainda em Dezembro. Segundo a CNBC, estas iniciativas entram em vigor 10 dias após a certificação dos resultados, o que acontece normalmente três semanas depois da ida às urnas.
Depois desta decisão dos eleitores, as principais cotadas do sector seguem em alta. As acções da Tilray sobem mais de 7% para os 114,35 dólares, recuperando das quedas do último mês. A mesma tendência é registada pela Canopy Growth que valoriza 0,73% para os 56,61 dólares. A Cronos Group sobe 1,76% para os 12,15 dólares e a Aurora Cannabis avança 2,16% para os 9,93 dólares. "Acho que as pessoas estão a aguardar pela queda do Muro de Berlim da proibição da canábis nos EUA e a eleição de ontem removeu mais uns tijolos desse muro", afirmou o CEO da Tilray, Brendan Kenny, à CNBC, esta quarta-feira, 7 de Novembro.
Além da legalização no Michigan, a conquista do Congresso por parte do Partido Democrata deverá ajudar a indústria da canábis. "As possibilidades de passar legislação relacionada com a canábis são maiores se o Congresso conseguir passar leis", refere o analista Vivien Azer da Cowen, que acompanha o sector. "Dado que existe apoio popular à canábis e que há uma preferência por muitos republicanos no Senado de respeitar os direitos dos estados, o Partido Republicano poderá avançar com uma lei para a canábis", admite.
Mas a principal notícia deste ano no que toca à marijuana foi a legalização no Canadá, que se tornou o primeiro país do G7 a fazê-lo. Foi no dia 17 de Outubro que entrou em vigor essa medida, o que levou a uma corrida às lojas e, consequentemente, à falta de oferta face à procura dos primeiros dias.
Na bolsa, esse dia e os seguintes foram negativos para o sector. Contudo, estas quedas aconteceram depois destas cotadas terem negociado perto de máximos históricos antes da legalização, antecipando esse efeito e efectuando depois uma correcção.
A Tilray, a Canopy Growth e a Cronos - as três empresas pioneiras - valorizaram de tal forma nos últimos meses que, em conjunto, antes da legalização no Canadá, tinham uma capitalização de mercado de cerca de 28 mil milhões de dólares. Mas o potencial de valorização é ainda maior no caso dos EUA.
Estima-se que, por exemplo, o mercado norte-americano de canábis pode crescer para receitas na ordem dos 75 mil milhões de dólares em 2030, caso se avance com a legalização federal da canábis. Neste momento existem 10 estados norte-americanos onde é possível o consumo recreativo, mas mantém-se a proibição a nível federal, o que traz vários impedimentos ao negócio, nomeadamente o acesso à banca.
A decisão dos eleitores não é imediata uma vez que será implementada gradualmente ao longo dos próximos anos. Além disso, os municípios dentro do estado podem banir ou restringir os negócios de canábis. No entanto, este resultado abre a porta a mais um mercado dentro dos EUA para as empresas que já estão no sector.
Depois desta decisão dos eleitores, as principais cotadas do sector seguem em alta. As acções da Tilray sobem mais de 7% para os 114,35 dólares, recuperando das quedas do último mês. A mesma tendência é registada pela Canopy Growth que valoriza 0,73% para os 56,61 dólares. A Cronos Group sobe 1,76% para os 12,15 dólares e a Aurora Cannabis avança 2,16% para os 9,93 dólares. "Acho que as pessoas estão a aguardar pela queda do Muro de Berlim da proibição da canábis nos EUA e a eleição de ontem removeu mais uns tijolos desse muro", afirmou o CEO da Tilray, Brendan Kenny, à CNBC, esta quarta-feira, 7 de Novembro.
Além da legalização no Michigan, a conquista do Congresso por parte do Partido Democrata deverá ajudar a indústria da canábis. "As possibilidades de passar legislação relacionada com a canábis são maiores se o Congresso conseguir passar leis", refere o analista Vivien Azer da Cowen, que acompanha o sector. "Dado que existe apoio popular à canábis e que há uma preferência por muitos republicanos no Senado de respeitar os direitos dos estados, o Partido Republicano poderá avançar com uma lei para a canábis", admite.
Mas a principal notícia deste ano no que toca à marijuana foi a legalização no Canadá, que se tornou o primeiro país do G7 a fazê-lo. Foi no dia 17 de Outubro que entrou em vigor essa medida, o que levou a uma corrida às lojas e, consequentemente, à falta de oferta face à procura dos primeiros dias.
Na bolsa, esse dia e os seguintes foram negativos para o sector. Contudo, estas quedas aconteceram depois destas cotadas terem negociado perto de máximos históricos antes da legalização, antecipando esse efeito e efectuando depois uma correcção.
A Tilray, a Canopy Growth e a Cronos - as três empresas pioneiras - valorizaram de tal forma nos últimos meses que, em conjunto, antes da legalização no Canadá, tinham uma capitalização de mercado de cerca de 28 mil milhões de dólares. Mas o potencial de valorização é ainda maior no caso dos EUA.
Estima-se que, por exemplo, o mercado norte-americano de canábis pode crescer para receitas na ordem dos 75 mil milhões de dólares em 2030, caso se avance com a legalização federal da canábis. Neste momento existem 10 estados norte-americanos onde é possível o consumo recreativo, mas mantém-se a proibição a nível federal, o que traz vários impedimentos ao negócio, nomeadamente o acesso à banca.