Notícia
Coca-Cola equaciona bebida com canábis. Cotadas do sector disparam
A possível incursão da maior empresa de bebidas numa das indústrias que mais rapidamente cresce está a animar os mercados. As cotadas do sector, como a Tilray, que está presente em Portugal, estão a disparar.
Já é legal (cada vez mais) em vários Estados norte-americanos, apesar de não o ser a nível federal. A meio de Outubro vai passar a ser no Canadá. O sector da marijuana está a crescer a um ritmo elevado, de tal forma que as gigantes de outros sectores querem um pedaço do negócio. Esta segunda-feira, dia 17 de Setembro, a Bloomberg noticiou que a Coca-Cola está a equacionar uma bebida de canábis, o que fez disparar as cotadas do sector que estão em bolsa.
A notícia de que a maior empresa de bebidas poderá vir a entrar no mercado da canábis agitou os mercados. A ideia é comercializar uma bebida com infusão de canábis focada na área da saúde e bem-estar para o alívio da inflamação, dor e cólicas. Incluído na bebida estaria o cannabidiol (CBD), o componente activo não-psíquico que se encontra na marijuana, e não a sua componente psíquica (THC), que está a ser equacionada por outras empresas.
A parceria poderá vir a juntar a Coca-Cola e a Aurora Cannabis, tendo ambas as empresas confirmado o interesse no assunto. "Assim como outras [empresas] na indústria das bebidas, estamos a analisar de perto o crescimento do não-psíquico CBD como um ingrediente em bebidas para bem-estar funcional", disse a Coca-Cola em comunicado. A Aurora falou do "incrível potencial" dessa área de negócio.
O efeito no imediato está a ser sentido nas cotadas do sector. As acções da própria Aurora estão a aumentar 17% para os 10 dólares. As acções da Coca-Cola estão a subir, mas menos: apenas 0,48% para os 46 dólares. Mas os frutos desta possível parceria não se esgotaram na Aurora, alargando-se a outras cotadas do sector.
É o caso da Tilray, a empresa do Canadá que tem instalações em Portugal, em Cantanhede. As acções da cotada estão a subir 8,75% para os 118,60 dólares. Em apenas um mês, a Tilray já triplicou a sua capitalização bolsista, o que mostra como o sector da canábis está a expandir-se. A evolução tem sido tão rápida que há quem alerte para os perigos de volatilidade.
As acções da cervejeira Molson Coors, que já avançou com essa oportunidade de negócio em parceria com a The Hydropothecary Corporation (HEXO), estão a subir 1,5%. Os títulos da Canopy Growth, outra cotada do sector cujas acções duplicaram o seu valor este ano, estão a valorizar 1,71%. Já a empresa norte-americana Scotts Miracle-Gro, que comercializa produtos necessários para a produção de canábis, tem as suas acções a subir 2,71%.
Há muitas estimativas, mas é certo que este é um sector em crescimento, principalmente na América do Norte. De acordo com um estudo do Hemp Business Journal, citado pela Bloomberg, o mercado de consumidores de CBD deverá atingir os 2,1 mil milhões de dólares em 2020, dez vezes mais do que os 202 milhões de dólares registados em 2015.
Em Portugal, a planta é produzida, por exemplo pela Tilray, e o seu consumo não constitui um crime. No entanto, só é possível comercializar medicamentos com canábis desde o mês passado, altura em que entrou em vigor em Diário da República a alteração aprovada pelo Parlamento. Ou seja, actualmente é possível utilizar produtos à base da planta canábis para fins medicinais, se for autorizado pelo Infarmed.
Uma sondagem da Aximage, realizada em Agosto, mostrava que há uma ligeira maioria de portugueses (53,4%) que se opõe à legalização do consumo recreativo de marijuana. Mas a percentagem a favor também é expressiva: 40% dos inquiridos é a favor da legalização do consumo desta substância em todas as circunstâncias.
A notícia de que a maior empresa de bebidas poderá vir a entrar no mercado da canábis agitou os mercados. A ideia é comercializar uma bebida com infusão de canábis focada na área da saúde e bem-estar para o alívio da inflamação, dor e cólicas. Incluído na bebida estaria o cannabidiol (CBD), o componente activo não-psíquico que se encontra na marijuana, e não a sua componente psíquica (THC), que está a ser equacionada por outras empresas.
O efeito no imediato está a ser sentido nas cotadas do sector. As acções da própria Aurora estão a aumentar 17% para os 10 dólares. As acções da Coca-Cola estão a subir, mas menos: apenas 0,48% para os 46 dólares. Mas os frutos desta possível parceria não se esgotaram na Aurora, alargando-se a outras cotadas do sector.
É o caso da Tilray, a empresa do Canadá que tem instalações em Portugal, em Cantanhede. As acções da cotada estão a subir 8,75% para os 118,60 dólares. Em apenas um mês, a Tilray já triplicou a sua capitalização bolsista, o que mostra como o sector da canábis está a expandir-se. A evolução tem sido tão rápida que há quem alerte para os perigos de volatilidade.
As acções da cervejeira Molson Coors, que já avançou com essa oportunidade de negócio em parceria com a The Hydropothecary Corporation (HEXO), estão a subir 1,5%. Os títulos da Canopy Growth, outra cotada do sector cujas acções duplicaram o seu valor este ano, estão a valorizar 1,71%. Já a empresa norte-americana Scotts Miracle-Gro, que comercializa produtos necessários para a produção de canábis, tem as suas acções a subir 2,71%.
Há muitas estimativas, mas é certo que este é um sector em crescimento, principalmente na América do Norte. De acordo com um estudo do Hemp Business Journal, citado pela Bloomberg, o mercado de consumidores de CBD deverá atingir os 2,1 mil milhões de dólares em 2020, dez vezes mais do que os 202 milhões de dólares registados em 2015.
Em Portugal, a planta é produzida, por exemplo pela Tilray, e o seu consumo não constitui um crime. No entanto, só é possível comercializar medicamentos com canábis desde o mês passado, altura em que entrou em vigor em Diário da República a alteração aprovada pelo Parlamento. Ou seja, actualmente é possível utilizar produtos à base da planta canábis para fins medicinais, se for autorizado pelo Infarmed.
Uma sondagem da Aximage, realizada em Agosto, mostrava que há uma ligeira maioria de portugueses (53,4%) que se opõe à legalização do consumo recreativo de marijuana. Mas a percentagem a favor também é expressiva: 40% dos inquiridos é a favor da legalização do consumo desta substância em todas as circunstâncias.