Notícia
Maioria dos portugueses está contra a legalização da canábis
Uma sondagem da Aximage mostra que há uma ligeira maioria de portugueses que se opõe à legalização do consumo recreativo de marijuana. Tipicamente, são mulheres, com mais de 50 anos, vivendo em zonas rurais e votando à direita.
A maioria dos portugueses opõe-se à legalização da canábis para fins recreativos. Segundo uma sondagem da Aximage, feita para o Negócios e para o Correio da Manhã, 53,4% dos inquiridos considera uma má ideia alargar a possibilidade, que já existe, de consumo de canábis para fins medicinais ao uso recreativo.
Apesar disso, há uma parte substancial dos portugueses que tem a opinião contrária: 40% é favor da legalização do consumo desta substância em todas as circunstâncias.
A segmentação dos resultados por sexo, idade, região, qualificações e intenções de voto, permite fazer uma espécie de retrato do português-tipo que se opõe à legalização da marijuana: é mulher, tem mais de 50 anos, é pouco qualificada, vive em zonas rurais ou semi-urbanas e vota em partidos de direita.
Começando pelo fim, os dados da Aximage mostram que apenas no eleitorado do Bloco de Esquerda e do PCP se encontra uma maioria de pessoas favoráveis à legalização, de 53% e 48%, respectivamente. No PS, esta percentagem cai para 42%, enquanto no CDS e PSD afunda para 27% e 26%. No PSD, sete em cada 10 votantes são contra a legalização, enquanto no CDS são 6.
Embora haja sempre mais portugueses contra do que a favor, é nas zonas urbanas que o apoio à legalização desta substância é maior, com 46% a defenderem que o seu consumo seja permitido, contra 48%. Nas áreas rurais e semi-urbanas, 65% e 58% opõem-se à legalização.
A abertura à inovação legal é maior entre os homens, mas é sobretudo em termos etários que o contraste é grande: até aos 50 anos, a maioria é favorável à legalização (52% até aos 34 anos e 49% até aos 49). A partir dos 50, e até aos 64 anos, a percentagem dos que apoiam a legalização cai para 36%, enquanto a partir dos 65 anos fica reduzida a 22%.
A escolaridade também influencia a visão sobre o assunto. Entre as pessoas que têm no máximo a escolaridade obrigatória, 60% é contra. Nos restantes, só 48% se opõem, não muito longe dos 46% que defendem a legalização da marijuana.
A posse e consumo de marijuana é ilegal no país mas, desde 2001, que foi descriminalizada. Ou seja, possuir ou consumir marijuana não implica quaisquer sanções penais. Em Junho deste ano, o Parlamento aprovou a legalização do uso de produtos feitos à base de canábis para fins medicinais, com os votos favoráveis de todos os partidos, excepto do CDS, que se absteve.
Apesar disso, há uma parte substancial dos portugueses que tem a opinião contrária: 40% é favor da legalização do consumo desta substância em todas as circunstâncias.
A segmentação dos resultados por sexo, idade, região, qualificações e intenções de voto, permite fazer uma espécie de retrato do português-tipo que se opõe à legalização da marijuana: é mulher, tem mais de 50 anos, é pouco qualificada, vive em zonas rurais ou semi-urbanas e vota em partidos de direita.
Embora haja sempre mais portugueses contra do que a favor, é nas zonas urbanas que o apoio à legalização desta substância é maior, com 46% a defenderem que o seu consumo seja permitido, contra 48%. Nas áreas rurais e semi-urbanas, 65% e 58% opõem-se à legalização.
A abertura à inovação legal é maior entre os homens, mas é sobretudo em termos etários que o contraste é grande: até aos 50 anos, a maioria é favorável à legalização (52% até aos 34 anos e 49% até aos 49). A partir dos 50, e até aos 64 anos, a percentagem dos que apoiam a legalização cai para 36%, enquanto a partir dos 65 anos fica reduzida a 22%.
A escolaridade também influencia a visão sobre o assunto. Entre as pessoas que têm no máximo a escolaridade obrigatória, 60% é contra. Nos restantes, só 48% se opõem, não muito longe dos 46% que defendem a legalização da marijuana.
A posse e consumo de marijuana é ilegal no país mas, desde 2001, que foi descriminalizada. Ou seja, possuir ou consumir marijuana não implica quaisquer sanções penais. Em Junho deste ano, o Parlamento aprovou a legalização do uso de produtos feitos à base de canábis para fins medicinais, com os votos favoráveis de todos os partidos, excepto do CDS, que se absteve.