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Investidores aplaudem divisão do poder nos EUA. Wall Street dispara e Dow regressa aos 26.000 pontos
As bolsas norte-americanas encerraram a subir mais de 2%, com os resultados das eleições intercalares nos EUA a devolverem a maioria da Câmara dos Representantes aos democratas e a segurarem o controlo do Senado pelos republicanos. O Dow Jones regressou ao patamar dos 26.000 pontos.
O índice industrial Dow Jones fechou a somar 2,20% para 26.199,47 pontos na sessão desta quarta-feira e o Standard & Poor’s 500 avançou 2,12% para 2.813,84 pontos.
Também o tecnológico Nasdaq Composite negociou em alta, terminando a subir 2,64% para 7.570,75 pontos.
As eleições intercalares nos EUA, que ontem decorreram e que determinam os assentos nas duas casas do Congresso, trouxeram os resultados esperados: os democratas recuperaram o controlo da Câmara dos Representantes e os republicanos seguraram a maioria no Senado.
E, como sublinha a CNN Money, "os investidores gostam de ver o poder dividido", por isso aplaudiram em força estes resultados.
"A partilha do controlo do governo tem sido, tradicionalmente, boa para os mercados accionistas", comentou à Bloomberg um dos fundadores do Carlyle Group, David Rubenstein.
"Quando temos as duas câmaras controladas por partidos diferentes, eles têm de chegar a soluções de compromisso para conseguirem que as coisas avancem e isto tende, por norma, a ser positivo", acrescentou.
No entanto, o melhor será os investidores não contarem com mais um ano de subida das bolsas (nos dois anos de Administração Trump, o S&P 500 valorizou 28%, dentro daquele que é o seu maior mercado touro de sempre [iniciado em 2009]), advertiu o principal estratega da B. Riley FBR, Art Hogan.
Em declarações à CNN, Hogan disse que nas últimas 18 eleições intercalares nos EUA, Wall Street subiu sempre durante os 12 meses seguintes, mas não é isso que se espera agora. "Nas anteriores 18 eleições intercalares não estávamos em plena guerra comercial com a China", salientou.
Os principais índices bolsistas dos EUA atingiram os máximos da sessão quando o procurador-geral Jeff Sessions anunciou a sua demissão a pedido do presidente Donald Trump.
A saída de Sessions fez disparar os títulos das empresas ligadas à marijuana, já que o agora ex-procurador geral era uma voz activa de oposição à sua legalização nos EUA para efeitos recreativos.
As cotadas do sector da canábis já estavam a disparar com a sua legalização no Michigan e depois reforçaram a tendência com a saída de Sessions.
(notícia actualizada às 21:26)