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Corte surpresa da Fed não segura bolsas e Wall Street afunda 12%. Maior queda desde 1987

A Fed surpreendeu os investidores com um corte expressivo nos juros como estímulo à economia, mas os receios quanto ao impacto do coronavírus prevalecem, ditando quebras abruptas nos principais índices.

Reuters
16 de Março de 2020 às 14:02
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A bolsa nova-iorquina voltou a deslizar, deixando para trás a euforia da última sexta-feira. Os investidores retraem-se depois de este domingo a Fed ter cortado expressivamente os juros diretores como medida de apoio à economia, ao mesmo tempo que alertou para um previsível crescimento fraco no primeiro trimestre. 

O generalista S&P500 está a descer 11,15% para os 2.408,73 pontos, o tecnológico Nasdaq recua 10,84% para os 7.021,01 pontos e o industrial Dow Jones cai 11,27% para os 20.573,21 pontos. Este índice já afundou mais de 12%, na maior queda desde a famosa "black monday" de 1987.

Estas quedas ditaram que fosse acionada a suspensão automática da negociação durante 15 minutos, um mecanismo que desperta quando os índices caem mais de 7% ou as cotadas caem mais de 13%. Se a quebra nos índices for igual ou superior a 20%, a suspensão mantém-se até ao fim da sessão. 

O banco central dos EUA voltou a cortar os juros diretores, desta vez em 100 pontos base, para um intervalo entre 0% e 0,25%, regressando a níveis historicamente baixos. E reforçou os estímulos à economia com compras adicionais de obrigações e benesses à banca, além de antecipar a reunião de política monetária, que começa já esta segunda-feira. 

A Apple é uma das cotadas a sofrer grandes quebras, e reduz 12,46% para os 243,34 dólares. A tecnológica, que já vinha a ser afetada dado a cadeia de valor estar muito dependente da China, tal como as vendas, anunciou que vai fechar as todas as lojas de retalho fora do gigante asiático até dia 27 de março, como medida de contenção face ao surto de coronavírus. 

Já a Caterpillar, frequentemente vista como um termómetro da economia americana no que toca aos mercados, resvala 8,67% para os 91 dólares. No setor da banca, o Goldman Sachs desliza 14,59% para os 151,32 dólares e o JP Morgan cai 15,59% para os 9,03 dólares.

Desde os máximos históricos do mês passado, o Dow Jones já desce mais de 30%
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