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Contratado para a vigilância na Goldman Sachs, acabou por usar informação privilegiada
Yue Han foi contratado pela Goldman Sachs para desenvolver sistemas de vigilância. Mas acabou a usar informação sigilosa. Ganhou dinheiro com isso. Agora tem de responder em Tribunal.
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Um trabalhador da Goldman Sachs contratado para desenvolver os sistemas de vigilância para detectar eventuais intrusões foi processado pelo regulador do mercado de capitais norte-americano, SEC (Securities and Exchange Commission), por alegadamente ter utilizado em seu benefício informações privilegiadas.
Yue Han terá aproveitado, segundo a SEC, de acesso aos sistemas de informação do banco de investimento para garantir uma mais-valia de 468 mil dólares (cerca de 400 mil euros), com a transacção de títulos em seu nome e de um familiar.
Han, que a Bloomberg diz ser também conhecido como "John Han", trabalhou na divisão de "compliance" para desenvolver modelos de vigilância que identificassem potenciais comportamentos de risco, incluindo manipulação de mercado e utilização de informação privilegiada. Teve, pois, acesso a emails de outros trabalhadores da Goldman Sachs que trabalhavam em secretos negócios de fusões e aquisições.
De acordo com a Bloomberg, Han estava informado que aquela era informação confidencial e que, como tal, tinha de pedir prévia autorização para transaccionar títulos. Tendo iniciado em Dezembro último, e segundo a SEC violando as regras da companhia, Yue Han transaccionou acções de quatro companhias: Yodlee, Zulily, Rentrak e KLA-Tencor, pouco tempo antes de cada uma anunciar operações de fusões e aquisições.
Depois de ter conseguido as mais-valias, transferiu o dinheiro para contas na JP Morgan Chase e Wells Fargo. Este ex-trabalhador deixou a Goldman Sachs a 9 de Outubro e saiu de Nova Iorque para Xangai a 22, um dia depois de ter colocado toda a sua participação na KLA-Tendor numa conta de um familiar.
Segundo a Bloomberg, o banco colaborou nas investigações.
Uma decisão do tribunal já congelou todos os bens ligados a este responsável que ainda se encontram nos Estados Unidos. E a primeira sessão de julgamento acontecerá a 8 de Dezembro.