O PSI-20 cai 1,01% para 5.757,66 pontos, com 17 acções em queda e duas inalteradas. Uma das cotadas que está sem variação é o BES, cuja negociação está suspensa desde sexta-feira, 1 de Agosto, isto numa altura em que o principal índice bolsista já só é composto por 19 cotadas devido à expulsão da ESFG.

Entre os congéneres europeus a tendência é igualmente de queda, com os investidores a reflectirem os receios em torno das tensões geopolíticas com a Rússia e a queda das encomendas à indústria alemã, que caíram 3,2%, em Junho, quando os analistas esperavam um aumento.

Na bolsa nacional o destaque volta a ser a banca. O BPI está a cair 3,72% para 1,32 euros e o BCP recua 2,13% para 10,1 cêntimos. O Banfi também perde 1,18% para 0,084 cêntimos. A queda do sector bancário continua a estar relacionada com o resgate ao BES. As regras aplicadas nesta operação e que ditaram perdas elevadas para os accionistas estão a minar a confiança dos investidores. Além disso, o Novo Banco será resgatado com dinheiro do Estado, mas que será pago pela restante banca caso o preço a que o banco for vendido não cubra a injecção de capital realizada. 

Já ontem o modelo de resgate do BES fez tremer a banca europeia, e hoje continua a reflectir-se na negociação. 

Os bancos portugueses propuseram esta terça-feira, 5 de Agosto, financiar em 635 milhões de euros o Fundo de Resolução para capitalizar o Novo Banco, o que permitirá reduzir o montante proveniente do dinheiro da troika para 3,9 mil milhões de euros. Mas querem que o dinheiro injectado no fundo de resolução por parte da banca seja como empréstimo e não uma contribuição extraordinária como estipulado inicialmente.

Em queda seguem também as acções da Portugal Telecom, ao descerem 1,89% para 1,502 euros, no dia em que a Oi apresenta os seus resultados do primeiro semestre. 

A contribuir para a descida do índice está também a EDP, ao perder 1,17% para 3,38 euros.

(Notícia actualizada às 8h25 com mais informação)