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Bolsas europeias registam maior queda semanal desde Dezembro

A situação na Grécia e os dados económicos norte-americanos provocaram a maior queda semanal das acções europeias em mais de quatro meses.

Investidores reagem com alguma apreensão ao resultados das eleições na Grécia no início da sessão
Reuters
30 de Abril de 2015 às 18:10
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As acções europeias registaram a maior queda semanal em mais de quatro meses, desde o início de Dezembro.

 

O Stoxx 600 - índice das 600 maiores cotadas europeias - fechou a semana a cair 3,09%, o valor mais baixo desde a semana que terminou a 12 de Dezembro.

 

Na sessão desta quinta-feira, 30 de Abril, o Stoxx caiu 0,38% para 395,79 pontos. O índice foi pressionado pela queda das tecnológicas (-2,19%), das companhias mineiras (-1,92%) e das energéticas (-1,23%).

  

Apesar deste recuo, o cenário entre as principais praças europeias é de valorização, com Madrid (0,05%), Londres (0,21%), Paris (0,14%) e Frankfurt (0,19%) a fecharem em alta. A praça grega liderou os ganhos e subiu 2,78% impulsionada pela subida superior a 6% da banca.

 

O desempenho semanal das acções europeias registou o maior recuo deste ano na quarta-feira (-2,21%). As quedas tiveram lugar depois de dados demonstrarem que o crescimento da economia norte-americana no primeiro trimestre ficou abaixo do esperado: 0,2% entre Janeiro e Março. O desempenho económico foi penalizado pela queda do investimento e pelas exportações.


Foi também na quarta-feira que terminou a reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana. No comunicado divulgado após o encontro, o banco central norte-americano sublinha o abrandamento da economia nos últimos meses, o que reforçou as expectativas de que os juros vão-se manter em mínimos históricos para lá da sua reunião de Junho.

 

A situação na Grécia continuou debaixo do radar dos investidores. Foi esta semana que Alexis Tsipras procedeu a uma remodelação da equipa responsável pelas negociações com os parceiros europeus.

 

Esta mexida na equipa aconteceu depois de Yanis Varoufakis ter sido muito criticado pelos seus congéneres europeus no Eurogrupo de 24 de Abril.

 

Desta forma, a coordenação das negociações vai recair agora sobre Euclid Tsakalotos, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, com Yanis Varoufakis a ficar com a liderança do processo negocial.

 

Alexis Tsipras revelou na terça-feira que está confiante no alcançar de um acordo até ao final da próxima semana. "Penso que até 9 de Maio vamos ter um acordo".

 

Já na quarta-feira a Moody's cortou o rating da Grécia para Caa2 e está agora no oitavo nível. O corte foi justificado com o cenário de incerteza para a Grécia, sobre se o Governo de Alexis Tsipras vai conseguir chegar a acordo com os parceiros europeus para efectuar o reembolso aos seus credores.

 

Entretanto em Atenas, Yanis Varoufakis garantiu hoje que as negociações com os parceiros europeus "serão concluídas com sucesso". Isto no dia em que teve lugar um conselho de ministros extraordinário, com o Executivo helénico a discutir como arrecadar receitas adicionais entre os 4,7 e os 6,1 mil milhões de euros.

 

A semana também ficou marcada pela divulgação dos resultados trimestrais de várias multinacionais, como como a Volkswagen que aumentou os lucros em 20,6% para 2,89 mil milhões de euros.

 

Na banca espanhola, o Santander aumentou os lucros em 32% para 1.717 milhões de euros, enquanto o BBVA aumentou os lucros em 146% para 1.536 milhões. No Reino Unido, o Barclays registou uma queda de 26% nos resultados líquidos do primeiro trimestre.

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