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Bolsas europeias fecham no nível mais elevado em mais de sete anos

Os investidores reagiram com optimismo às perspectivas de um pedido de extensão do programa de assistência por parte de Atenas. O índice de referência para a Europa encerram no nível mais alto desde Novembro de 2007.

Europa negoceia em terreno positivo
18 de Fevereiro de 2015 às 17:35
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As bolsas europeias encerraram em alta esta quarta-feira, 18 de Fevereiro, impulsionadas pelos sinais de que Atenas irá pedir uma extensão do programa de assistência financeira até ao final da semana, colocando um ponto final no impasse que se arrasta há vários dias.

 

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, fechou em alta pela segunda sessão consecutiva e avançou 0,89% para 380,37 pontos, o nível mais elevado desde Novembro de 2007. Desde o início do ano, o índice acumula uma valorização superior a 11%, impulsionada pelo anúncio do programa de alívio quantitativo por parte do Banco Central Europeu (BCE).

 

As maiores subidas foram protagonizadas pelo índice italiano, que valorizou 1,85%, e pelo português PSI-20 que subiu 1,3%. Também a bolsa de Atenas destacou-se nos ganhos, com uma valorização de 1,08%, impulsionada sobretudo pelas cotadas do sector financeiro. O Dax alemão somou 0,6%, o francês CAC40 ganhou 0,95% e o IBEX espanhol registou uma subida de 1%.

 

"A Grécia e a Zona Euro têm de alcançar um bom compromisso", referiu, em declarações à Bloomberg, Andreas Lipkow, estratega da Kliegel & Hafner em Berlim. "Os investidores têm reduzido o peso das acções europeias nas suas carteiras, e é por isso que cada dia fraco no mercado é uma oportunidade de compra para os investidores".

 

O desempenho positivo dos índices europeus tem lugar num dia em que chegam da capital grega sinais de que o país deverá pedir uma extensão do programa de assistência financeira até ao final da semana. Embora não seja certo quando é que esse pedido será enviado para Bruxelas.

 

Uma fonte oficial do Governo grego havia confirmado esta manhã a informação que Atenas pusera a circular ontem à tarde, segundo a qual o pedido de extensão dos empréstimos europeus seguiria hoje para Bruxelas. Mas, de acordo com uma "fonte anónima oficial" referida pelas agências noticiosas internacionais, afinal esse pedido só deverá sair de Atenas amanhã. 

 

Esta quarta-feira, Bruxelas voltou a lembrar que a solução mais realista para ultrapassar rapidamente o impasse grego passa por Atenas pedir aos parceiros europeus uma extensão do programa de assistência financeira, que expira no próximo dia 28.

  

"Temos que ver por escrito a proposta do Governo grego, só depois poderemos comentar. (…) Temos que ver exactamente o texto, para ver exactamente o que diz", reiterou o comissário Valdis Dombrovsky, lembrando que o actual programa de ajustamento contém fundos a transferir ainda para a Grécia, mas Atenas terá que pedir a sua extensão e "concordar com a sua revisão".

 

Entretanto é esperada hoje a decisão do BCE sobre um eventual alargamento da oferta de liquidez. A expectativa é que o banco central volte a aumentar o limite da linha de emergência (ELA, na sigla em inglês) que tem garantido liquidez aos bancos do país, não obstante ser esperada a resistência do governador do banco central alemão e de "outros", segundo refere a Reuters.

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