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Bolsas europeias derrapam mais de 1% pressionadas pela situação da Grécia

Os principais índices bolsistas europeus estão a negociar no vermelho esta terça-feira, pressionados sobretudo pela situação da Grécia. O Eurogrupo de ontem terminou sem um acordo e Atenas já revelou que a situação de liquidez do país é “grave”.

Investidores reagem com alguma apreensão ao resultados das eleições na Grécia no início da sessão
Reuters
12 de Maio de 2015 às 10:15
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As principais praças do Velho Continente estão esta terça-feira, 12 de Maio, a negociarem no vermelho. O Stoxx 600, índice que serve de referência, recua 1,50%, o francês CAC 40 e o germânico DAX recuam ambos 1,75%. Apenas o principal índice grego segue do lado dos ganhos, somando mais de 1%.

 

Este comportamento dos principais índices europeus tem lugar depois desta segunda-feira, 11 de Maio, o encontro dos ministros das Finanças do euro (Eurogrupo) ter terminado sem um acordo sobre o resgate grego. Os ministros das Finanças do euro reconheceram que as negociações com o governo grego estão agora a correr melhor depois das mexidas decididas pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras.

 

Numa curta declaração divulgada após a reunião, o Eurogrupo adverte, porém, que ainda é preciso "mais tempo e mais esforços" para alcançar um acordo global. E sem um acordo global, não há transferências, repetiu Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo, referindo-se aos 7,2 mil milhões de euros que ainda estão disponíveis no âmbito do actual resgate, que expira no fim de Junho.

 

No comunicado, os ministros saúdam os "progressos alcançados até agora", referindo as melhorias introduzidas nos procedimentos de trabalho que consideram terem contribuído para uma "discussão mais substancial". No entanto, ainda é preciso "mais tempo e esforço para ultrapassar as divergências que permanecem".

 

Entretanto, o Negócio escreve esta terça-feira que Yanis Varoufakis admite que a situação de liquidez do país é "grave". Os municípios ameaçam não transferir mais verbas para os cofres centrais.

 

O sector energético europeu é o que regista a queda mais acentuada. A Total e a BP descem mais de 1%, numa altura em que os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. Na aviação, a EasyJet perde mais de 5% depois de ter revelado que teve de cancelar mais de 600 voos em Abril sobretudo devido às greves em França. Já a Altice soma mais de 5% depois de ter revelado um aumento dos lucros.

 

No mercado secundário de dívida, os juros das obrigações a dez anos de países como Espanha, Itália e Portugal estão a subir – no caso nacional, as "yields" somam 7 pontos base para os 2,430%.

 

Para o Goldman Sachs, elevadas expectativas em relação ao programa de compra de dívida do Banco Central Europeu levaram as valorizações das obrigações mundiais para níveis extremos, levando a uma onda de vendas na dívida da Europa. De acordo com os números revelados ontem, o BCE comprou um total de 16.601 milhões de euros em activos, na semana terminada a 8 de Maio.  

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