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Bolsa sobe quase 5% em Novembro e regista maior série de ganhos desde 2007

Analistas acreditam que mercado português tem potencial para prolongar ganhos dos últimos meses.

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A bolsa portuguesa fechou em alta pelo quinto mês consecutivo, a maior série de ganhos desde 2007. Nestes cinco meses, o índice nacional acumulou uma valorização de 17,65%, elevando para 15,6% a subida no ano. Os analistas continuam optimistas e acreditam que o PSI-20 poderá prolongar os ganhos, fixando novos máximos, depois de ter galgado a marca dos 6.500 pontos, pela primeira vez desde o Verão de 2011.


"O PSI-20 deverá manter o desempenho positivo nos próximos meses, podendo atingir os 7.000 pontos rapidamente", argumentou Pedro Lino, administrador da Dif Broker. Também Francisco Oliveira, responsável pela gestão de activos da Orey Financial, se manifesta optimista. O responsável acredita que "se se mantiver a melhoria da percepção de risco do País e o contributo da diversificação geográfica dos modelos de negócio de algumas empresas também se mantiver, a toada positiva poderá manter-se".

O PSI-20 somou 4,85% em Novembro, naquele que é já o quinto mês de ganhos. A forte subida das acções da Mota-Engil, que escalou 29,44% no mês, e da banca foram as principais responsáveis pelo desempenho do índice português. No acumulado do ano, o PSI-20 soma 15,6%, a maior subida em três anos.

 

A Mota-Engil atingiu mesmo máximos de 2009, numa subida que foi mais pronunciada depois da cotada ter revelado a intensão de cotar a sua unidade de África em bolsa.

 

Na banca destaque para o BCP, que subiu este mês mais de 21,5%. As subidas recentes surgem sem que tenham sido divulgadas notícias recentes que justifiquem uma valorização tão expressiva das acções. “Nos últimos movimentos de recuperação dos bancos portugueses, o BCP tem ficado um pouco para trás, o que explica que agora também valorize mais”, explicou ao Negócios um operador de sala de mercados que preferiu não ser identificado.

 

O Banif acumulou um ganho de 20,6%, uma subida justificada pela última sessão, dia em que os títulos ganharam 27,27%, isto numa altura em que o banco está a realizar um “road show” com investidores no âmbito da conclusão do processo de reforço de capital. O Banif chegou a valer 0,009 euros, aproximando-se de um cêntimo, valor a que foi realizado o aumento de capital.

 

BES e BPI também subiram mais de 9%, contribuindo desta forma para os ganhos do índice.

 

Do lado oposto estiveram apenas cinco cotadas. A acção que mais caiu no mês foi a da Cofina, dona de publicações como o Negócios, perdendo 7,24%. Seguiu.se a Portugal Telecom (-3,45%) e a EDP Renováveis (-3,22%).

 

Analistas confiantes na recuperação de Lisboa


A bolsa lisboeta intensificou os ganhos nos últimos meses, com os investidores a manifestarem-se mais confiantes na retoma da economia nacional, num momento em que a percepção de risco do País estabilizou. Apesar das fortes valorizações registadas pelas cotadas nacionais, a expectativa é que Lisboa continue a reduzir a diferença para outros países europeus.

"Ao comparar os vários índices periféricos nos últimos 12 meses, o PSI-20 sobe 23%, menos do que o espanhol IBEX (25%), do índice irlandês (38%) e do grego (39%)", explicou Steven Santos. Para o gestor da XTB, "os investidores poderão identificar uma oportunidade de subvalorização, comprando na expectativa de que o PSI-20 vai convergir com os restantes índices periféricos". 

Banca, telecomunicações e energia estão entre os sectores com maior potencial. "As telecomunicações beneficiam do maior consumo nos segmentos de televisão paga e de entretenimento", explicou Steven Santos, acrescentando que a Zon Optimus "é a melhor acção para estar exposta ao sector". Já Pedro Lino realça que "os sectores financeiro e energético deverão focar a atenção dos investidores". Mas fica o alerta: "A possibilidade de o Tribunal Constitucional não aprovar algumas das medidas do Orçamento é um factor de risco", diz o gestor da XTB.

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