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Bolsa sobe pela primeira vez em cinco dias
A bolsa nacional segue em alta, impulsionada pelos ganhos da Mota-Engil, que já renovou máximos de 2007, e pela subida do BES. A sessão é marcada pela estreia de negociação de novas acções do BES, BPI e REN.
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O PSI-20 avança 0,19% para 7.208,35 pontos, com 11 acções em alta, oito em queda e uma inalterada. Entre os congéneres europeus a tendência é igualmente de ganhos, com os principais índices a valorizarem entre 0,84% (DAX) e 0,14% (Footsie).
A contribuir para os ganhos do índice estão os títulos da Mota-Engil, que sobem 1,12% para 6,33 euros, depois de terem chegado a tocar nos 6,40 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde Outubro de 2007, no último dia de negociação das acções que dá direito a participar na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da Mota-Engil África.
A contribuir para os ganhos está também o sector bancário, numa altura em que o BCP sobe 0,44% para 18,12 cêntimos, o BES avança 1,04% para 97,5 cêntimos, no dia em que se estreiam em bolsa as novas acções provenientes do aumento de capital realizado pelo banco liderado por Ricardo Salgado, e o ESFG cresce 0,40% para 2,782 euros. A reunião anual dos accionistas do Grupo Espírito Santo não terá lugar em finais de Junho, como é habitual. A família pretenderá fazer a reorganização do GES e a sucessão no BES antes de prestar contas aos investidores.
Ainda na banca, o Banif recua 0,96% para 1,03 cêntimos, enquanto o BPI cai 3,85% para 1,60 euros, no dia em que também se estreiam em bolsa as novas acções provenientes do aumento de capital realizado pelo banco através da operação de troca de obrigações.
A REN, cujas acções vendidas pelo Estado também se estreiam esta terça-feira, segue a cair 1,36% para 2,683 euros. A REN já não tem capitais públicos. Terminada a segunda fase da reprivatização ainda não se sabe quem comprou as acções. Rui Vilar acredita que podem surgir "caras novas".
Ainda no sector da energia, a EDP, que ontem anunciou a venda de mais uma parcela do défice tarifário, valoriza 0,38% para 3,678 euros, um dia depois de ter sido alvo de uma nota de análise por parte do UBS em que viu cortada a recomendação. Já a EDP Renováveis cai 0,12% para 5,175 euros e a Galp Energia perde 0,33% para 13,405 euros, num dia em que os preços do petróleo estão a aliviar das subidas registadas nos últimos dias devido aos problemas que estão a assolar o Iraque e os receios de que estes possam dar origem a interrupções de fornecimento.