A bolsa de Lisboa continua a negociar em terreno negativo esta sexta-feira, 5 de Junho. O PSI-20 desce 0,53% para 5.842,01 pontos, com 11 empresas em queda, quatro em alta e três inalteradas. No resto da Europa, o sentimento é igualmente de quedas. O Stoxx 600, índice de referência, desce 0,88% para 389,18 pontos. A praça grega é a que mais desce, ao recuar mais de 3%.

É precisamente a situação na Grécia que está a pressionar o comportamento das principais praças europeias. Esta quinta-feira, 4 de Maio, a Grécia pediu adiamento do pagamento ao FMI. O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou ontem que Atenas lhe pediu para que o pagamento de 300 milhões de euros previstos para hoje seja feito apenas no fim do mês, juntamente com as demais três parcelas devidas em Junho, que totalizam mais de 1,5 mil milhões. A Grécia é assim o primeiro país desde 1980 a diferir um pagamento ao Fundo, segundo a Bloomberg.

A marcar o dia nos mercados bolsistas está a decisão de ontem do FMI de rever em baixa o crescimento do PIB dos EUA. A instituição liderada por Christine Lagarde solicitou à Reserva Federal dos Estados Unidos que só aumente os juros no próximo ano, para não ameaçar a economia.

Os títulos do BCP, Nos e Sonae são os que mais pressionam a praça nacional. As acções do banco liderado por Nuno Amado descem 1,14% para 8,71 cêntimos. No restante sector financeiro, o BPI soma 0,14% para 1,402 euros e o Banif cresce 1,45% para 0,007 euros.

A Nos desce 0,90% para 6,807 euros. A Pharol – antiga PT SGPS – cresce 0,21% para 48 cêntimos.

No retalho, a Sonae recua 1,84% para 1,174 euros. Já a Jerónimo Martins segue inalterada nos 12,41 euros.

No sector energético apenas a Galp está no verde. A petrolífera soma 0,80% para 10,74 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais, pressionados pela hipótese que do encontro da OPEP saia a decisão de manter as quotas de produção. O West Texas Intermediate recua 0,88% para 57,49 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desce 0,66% para 61,62 dólares por barril.

No grupo EDP a empresa das energias limpas lidera as desvalorizações, descendo 0,96% para 6,626 euros. A EDP recua 0,60% para 3,487 euros.

A REN cede 0,30% para 2,662 euros.

No sector do papel, a Semapa perde 0,53% para 13,055 euros e a Portucel cai 1,90% para 3,617 euros. A Altri desce 2,05% para 3,73 euros.