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Bolsa inverte e segue a perder mais de 1%

A bolsa nacional inverteu a tendência de subida registada até meio do dia, e segue agora a desvalorizar 1,35%, num movimento idêntico entre as restantes praças europeias. Os juros estão neste momento a disparar 100 pontos e aproximam-se dos 8%.

12 de Julho de 2013 às 15:44
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O PSI-20, que até meio da manhã ignorou os cortes da Standard & Poor’s, segue agora a cair 1,35% para 5.350,32 pontos, com 10 cotadas em queda, oito em alta e duas inalteradas, um movimento semelhante ao que está a ocorrer na Europa, com os juros da dívida pública portuguesa a dispararem 100 pontos e aproximarem-se dos 8%.

 

A nova escalada nas taxas de juro implícitas das obrigações portuguesas surgiu depois do debate do Estado da Nação, que trouxe novas ideias à imprensa internacional. "Oposição quer uma renegociação do programa de ajuda" é o título de uma notícia da Reuters, que aumenta os receios em torno de Portugal.

 

A contribuir para a subida dos juros continua assim a crise política, num dia em que o Presidente da República emitiu um comunicado onde diz que quer que as negociações entre os partidos que assinaram o memorando de entendimento, com vista a um compromisso de salvação nacional, sejam concluídas “num prazo muito curto”.

 

Entre as cotadas que mais penalizam o índices estão as energéticas EDP e EDP Renováveis que caem, respectivamente, 2,11% e 3,73% para 2,416 euros e 3,793 euros. Esta queda acontece num dia em que o “Cinco Días” escreve que o governo espanhol deverá anunciar um corte nos preços regulados da distribuição da energia.

 

Esta é a razão para que o índice espanhol seja aquele que mais cai, já que está a ser fortemente penalizado pelas eléctricas.

 

Também a Portugal Telecom e o BES apresentam fortes quedas, com a operadora portuguesa a resvalar 1,29% para 2,763 euros, e o banco liderado por Ricardo Salgado a cair 1,51% para 0,587 euros.

 

No sentido oposto, e a impedir maiores quedas do índice nacional estão o BPI e a Mota-Engil, que sobem 1,28% e 2,38% para 0,868 euros e 2,447 euros, respectivamente. O banco liderado por Fernando Ulrich parece, assim, não estar a ser afectado pela revisão de “ratings” da Standard & Poor’s para a banca portuguesa, onde a notação do BCP foi cortada, e três outros bancos foram colocados sob perspectiva “negativa”.

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