Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Bolsa nacional encerra a cair mais de 1,5% penalizada pelo BCP, JM e CTT

O principal índice da praça de Lisboa encerrou em terreno negativo pressionado sobretudo pelos títulos do BCP, Jerónimo Martins e CTT. No resto da Europa, o sentimento é igualmente de perdas.

Miguel Baltazar/Negócios
29 de Maio de 2015 às 16:46
  • 32
  • ...

A praça nacional encerrou a semana em queda. O PSI-20 recuou 1,56% para os 5.839,50 pontos, com 16 empresas em queda e duas em alta. No resto da Europa, os principais índices estão igualmente do lado das perdas. O Stoxx 600, o índice de referência, recua 1,35%. Ainda assim, o principal índice francês é a praça que mais perde, ao recuar mais de 2,50%.

 

Esta evolução tem lugar num dia em que os investidores temem que a Grécia não consiga alcançar um acordo com as instâncias internacionais a tempo de cumprir os seus compromissos financeiros. Esta sexta-feira, o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, assegurou que a Grécia tem até ao próximo dia 30 de Junho para alcançar um acordo final com o Grupo de Bruxelas.

"Tendo em conta como as coisas estão, aquele programa irá expirar se não houver acordo", disse o governante germânico aos jornalistas. Schäuble refere-se ao impasse nas negociações entre Atenas e as instituições credoras que subsiste desde Fevereiro e que terá de ser ultrapassado rapidamente uma vez que o programa em curso termina no final de Junho.

 

Quando se aproxima o dia 5 de Junho em que a Grécia tem de devolver ao Fundo Monetário Internacional (FMI) perto de 311 milhões de euros, as autoridades helénicas tentam acelerar o ritmo das negociações. Ainda esta quinta-feira à noite, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, conversou, através de videoconferência, com os seus homólogos da Alemanha e da França para tentar superar as diferenças resultantes das negociações ao nível técnico.

 

Apesar de o ministro das Finanças Yanis Varoufakis já ter dito que a Grécia cumprirá o pagamento ao FMI, garantindo que alcançará um acordo até 5 de Junho, tanto a Comissão Europeia, como o FMI, já afiançaram que há ainda muito trabalho a fazer antes de poder ser firmado um acordo sobre o plano abrangente de reformas com que Atenas terá de se comprometer para ver libertada a tranche de 7,2 mil milhões de euros.

 

Por cá, os títulos do BCP, Jerónimo Martins e CTT foram os que mais pressionaram a praça nacional. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado encerraram a recuar 1,96% para 8,52 cêntimos. Ainda na banca, o BPI encerrou a cair 0,43% para 1,394 euros e o Banif desceu 2,86% para 0,68 cêntimos.

 

Já a retalhista Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce, perdeu 1,53% para 12,515 euros. Ainda neste sector, a Sonae desvalorizou 3,31% para 1,199 euros.

 

Os CTT recuaram 2,23% para 9,20 euros.

 

Na construção, a Mota-Engil perdeu 6,51% para 2,44 euros. A Teixeira Duarte desceu 1,79% para 60,4 cêntimos. A construtora apresenta esta sexta-feira as suas contas ao mercado. O BPI Equity Research estima que as receitas tenham caído 1% face ao ano anterior para os 353 milhões de euros, enquanto o EBITDA deverá ter diminuído 27% para 52 milhões de euros.

 

Na energia, a Galp Energia encerrou a cair 0,83% para 10,72 euros. A Eni, que já não tinha acções da Galp Energia, foi ao mercado recomprar antecipadamente as obrigações convertíveis em títulos da petrolífera portuguesa, numa operação em que recuperou já (em vez de apenas em Novembro) títulos equivalentes a 4% do capital.

 

Esta manhã, a Galp Energia anunciou ao mercado que a perfuração realizada confirmou o potencial de petróleo e a extensão para norte da descoberta de Carcará, na Bacia de Santos.

 

A EDP desceu 0,56% para 3,555 euros e a EDP Renováveis cedeu 0,20% para 6,553 euros. A REN caiu 2,31% para 2,662 euros.

 

A Nos encerrou a desvalorizar 0,55% para 6,725 euros. A PT SGPS somou 0,80% para 50,4 cêntimos. A empresa anunciou esta quinta-feira, após o fecho do mercado, que registou um prejuízo de 43 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. Este número representa um agravar dos prejuízos reexpressos de 14,7 milhões de euros registados no primeiro trimestre de 2014.

Esta sexta-feira os accionistas da PT SGPS votam a alteração do nome da sociedade para PHarol bem como os nomes dos novos administradores. A partir de Julho a nova PT SGPS vai também mudar a sua sede social para as Amoreiras, abandonando o edifício histórico em Picoas.

 

Em terreno positivo encerrou também a Impresa, que cresce 0,47% para 86,2 cêntimos.

 

(Notícia actualizada às 17h02)

Ver comentários
Saber mais bolsa banca PSI-20 Jerónimo Martins BCP CTT
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio