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Bolsa nacional cai arrastada pela banca e Nos

A bolsa nacional segue em queda, pressionada pela desvalorização do sector bancário e da Nos, numa manhã que está a ser marcada por oscilações entre ganhos e perdas nas bolsas europeias.

Reuters
27 de Fevereiro de 2015 às 10:35
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O PSI-20 voltou a inverter a tendência, regressando às quedas. O índice perde 0,27% para 5.639,50 pontos, com 12 cotadas em queda e seis em alta. O principal índice bolsista nacional prepara-se para encerrar o mês com um ganho superior a 9%, o que a confirmar-se será o melhor mês desde Fevereiro de 2014.

 

No resto da Europa as bolsas também já regressaram às quedas, aliviando das subidas recentes. Ainda assim, o Stoxx 600, que agrega as maiores cotadas europeias, prepara-se para fechar Fevereiro com um ganho superior a 6%, tendo nos últimos dias tocado em máximos de 2007. As bolsas europeias beneficiaram do acordo alcançado entre a Grécia e os restantes países da Zona Euro, que permitiu prolongar o prazo dos empréstimos a Atenas por mais quatro meses, o que diminuiu os receios em torno da saída da Grécia do Euro. Hoje o dia será marcado pela votação no Parlamento alemão desta extensão, que dá deu luz verde a esse alargamento. 

 

Na bolsa nacional é a banca que mais penaliza, com o BCP a cair 1,92% para 8,18 cêntimos, o Banif a depreciar 2,94% para 0,66 cêntimos e o BPI a descer 0,80% para 1,358 euros, um valor ainda assim acima dos 1,329 euros oferecidos pelo CaixaBank na oferta pública de aquisição (OPA). Apesar deste valor corresponder a um prémio de 27% no dia em que a oferta foi lançada, as últimas notícias apontam para que o CaixaBank esteja a ser pressionado para elevar a contrapartida. E as acções do BPI têm estado a reflectir essa perspectiva, ao negociarem acima do preço da OPA.

 

A queda de 1,90% da Nos para 5,871 euros também está a justificar a descida da bolsa, depois desta manhã os títulos terem tocado nos 6,03 euros, o que representa o valor mais elevado desde Agosto de 2008. Estas subidas surgem depois de a Nos ter apresentando as contas do ano passado, em que registou um aumento de 17% nos lucros para 74 milhões, valor acima das previsões dos analistas.

 

A travar a queda do índice está a EDP, a crescer 0,49% para 3,488 euros, e a EDP Renováveis aprecia 1,22% para 6,124 euros. A subida dos títulos da empresa liderada por João Manso Neto surge depois do Citi ter revisto a avaliação da empresa para 6,80 euros por acção, mantendo a recomendação de comprar.

 

Em destaque estão também as acções da Semapa e da Portucel, depois de terem tocado em máximos. A Portucel está a subir 0,64% para 3,915 euros, tendo já transaccionado nos 3,93 euros, o que representa o valor mais elevado de sempre. Já a Semapa recua 0,78% para 12,11 euros, depois de ter tocado esta manhã nos 12,45 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde Setembro de 2007. As empresas continuam a reflectir notas de análise que têm sido publicadas sobre as duas cotadas. A última foi do BESI, em que a casa de investimento decidiu elevar o preço-alvo da Portucel e da Semapa.

 

Em máximos históricos estiveram também as acções dos CTT, depois de terem tocado nos 10,03 euros. Entretanto os títulos estão a perder 0,52% para 9,935 euros. A subida recente dos CTT está relacionada com a demonstração de interesse no ActivoBank, cujo futuro está a ser analisado pelo seu accionista (o BCP). "O ActivoBank apresenta uma complementaridade interessante com os CTT. O ActivoBank desenvolveu internamente uma capacidade tecnológica e operacional que pode ser adoptada pelos CTT noutros negócios, como o expresso e encomendas e os serviços financeiros", comenta o gestor da XTB Steven Santos ao Negócios. Ou seja, a operadora postal recebe competência bancária e melhora "os processos noutros segmentos de negócio".

 

Fora do PSI-20 as acções da Cimpor estão a disparar 7,17% para 1,016 euros, depois de ter revelado que regressou aos lucros no ano passado, tendo terminado 2014 com um lucro de 27,2 milhões de euros.

 

A Sonae Indústria também revelou os números do ano passado, tendo revelado que conseguiu melhorar o resultado operacional recorrente em 2014, atingindo os 96 milhões de euros, mais 10% do que em 2013, com a margem EBITDA a fixar-se nos 9,4%, um aumento de 1,2 pontos percentuais, "o melhor resultado desde o ano de 2007", salientou a empresa. No entanto, a reestruturação e reavaliação de activos que a SI levou a cabo no final do ano passado prejudicaram os resultados líquidos. As acções estão a cair 4,65% para 0,82 cêntimos.

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