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BCP fecha em queda no dia em que chegou a cair mais de 20% e subir mais de 7%

Numa sessão de forte volatilidade para as acções do sector bancário na bolsa portuguesa, o BCP chegou a cair mais de 20%, recuperou até marcar um ganho de 7,43% e acabou o dia a desvalorizar 1,25%. Entre o mínimo e máximo da sessão a variação foi de 34,7%.

Miguel Baltazar/Notícias
07 de Agosto de 2014 às 16:54
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A banca portuguesa viveu esta quinta-feira uma sessão de forte volatilidade, com o arranque a ser marcado por quedas acentuadas, o meio da sessão por uma recuperação para terreno positivo e um fecho de novo no vermelho.

 

Um reflexo do nervosismo dos investidores com o impacto do modelo escolhido para recapitalizar o Banco Espírito Santo, que implica perdas quase totais para os seus accionistas.

 

A solução foi anunciada pelo governador do Banco de Portugal no domingo à noite. Na sessão de segunda-feira as acções do BPI e do BCP reagiram em alta, na terça-feira começaram a cair e ontem registaram quedas acentuadas, com o BCP a afundar mais de 15% (maior queda desde 2012) e o BPI a desvalorizar mais de 8%.

 

A forte pressão vendedora dos investidores foi ainda mais forte esta manhã. O BCP abriu a cair mais de 4% e menos de meia hora depois já afundava 20,23% para 7,01 cêntimos. A partir daí encetou uma recuperação até regressar a terreno positivo ainda antes das 11h00. Pouco depois o banco anunciou que tinha recebido autorização do Banco de Portugal para reembolsar o Estado em 1.850 milhões de euros.

 

Um anúncio que ajudou a acção do banco liderado por Nuno Amado a estabilizar em alta. Pelas 13h00 chegaram a subir 7,43% para 9,44 cêntimos. No final da sessão cada título valia 8,7 cêntimos, menos 1,25% do que na véspera.

 

Contas feitas, entre o mínimo e o máximo da sessão de hoje, as acções variaram 34,7%, ou 2,43 cêntimos.

  

O banco, no comunicado enviado ao mercado, anunciou que depois do reembolso, fica com um rácio de capital de 12,5%, ou seja, mais de 5 pontos percentuais acima do mínimo exigido.

 

Além da volatilidade acentuada, a sessão foi também marcada por uma forte liquidez. Foram negociadas 790 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses é de 310 milhões de acções.

 

No BPI o filme foi em tudo idêntico, embora com menor volatilidade. O banco abriu estável nos 1,25 euros, pelas 8h37 as acções já caiam 10,16% e a meio da sessão valorizavam 1,84% para 1,273 euros. Fecharam o dia a cair 0,64% para 1,242 euros, sendo que entre mínimos e máximos do dia variaram 14,7%.  

 

No resto da bolsa o dia voltou a ser fortemente negativo. As perdas acentuadas da Portugal Telecom, EDP, Galp e Jerónimo Martins conduziram o PSI-20 a uma queda superior a 2%. Quando as acções do BCP e BPI afundavam, o índice chegou a cair perto de 4%. O Banif fechou o dia em queda acentuada de 10% para 0,7 cêntimos.

 

 

 

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