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BCP sobe mais de 3% após lucros superiores ao esperado
As acções do BCP estão a subir mais de 3%, destacando-se entre os congéneres europeus, depois de ter reportado lucros que superaram as estimativas.
O BCP está a apreciar 3,43% para 0,2561 euros, a reagir aos resultados apresentados ontem já ao final do dia e que superaram as estimativas dos analistas. Esta é a subida mais pronunciada entre os bancos europeus, num dia de quedas acentuadas neste sector.
Os lucros apresentados pelo BCP superaram as estimativas dos analistas em 18%, com a melhoria dos resultados a beneficiar da evolução da margem financeira, que beneficiou de custos de financiamento mais baixos, aumento dos volumes e do portefólio de obrigações, salientam os analistas do BPI, Carlos Peixoto e Sofía Barallat Bourgeois, numa nota de análise a que o Negócios teve acesso.
O BCP fechou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 257,5 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 93% face ao mesmo período do ano passado, revelou o banco em comunicado para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta quinta-feira, 8 de Novembro.
O banco presidido por Miguel Maya sublinha que a actividade em Portugal deu um contributo de 115 milhões de euros até Setembro, face aos 800 mil euros registados no mesmo período do ano anterior.
A margem financeira somou 2,9% para 1.052,8 milhões de euros, que o banco justifica com a descida do custo da dívida emitida e do custo dos depósitos.
O BPI destaca ainda a qualidade dos activos revelada pelo BCP e a melhoria do rácio de solvabilidade CET1.
Com base nos números apresentados, o BPI considera que "há margem para alguma revisão em alta das estimativas, pelo menos para 2018".
O BPI tem um preço-alvo de 0,37 euros para o BCP, o que confere às acções um potencial de valorização superior a 44% face ao actual valor dos títulos.
O preço-alvo médio para o BCP é de 0,30 euros, tendo em consideração sete casas de investimento, segundo dados disponíveis na Bloomberg.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.