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Maya: "Não temos nenhuma intenção de fazer qualquer pedido de capital"

"Está completamente fora dos nossos planos" fazer emissões de capital, ressalvou o presidente executivo do BCP.

Lusa
08 de Novembro de 2018 às 18:51
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Miguel Maya ressalva que não há qualquer necessidade de aumento de capital no Banco Comercial Português. "Não temos nenhuma intenção de fazer qualquer pedido de capital, qualquer emissão de acções", declarou o presidente executivo do banco.

 

"Está completamente fora dos nossos planos", assegurou Miguel Maya, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do ano, em Lisboa.

 

O BCP apresentou, em Setembro, um rácio de capital CET 1 (o mais exigente) de 11,8%, uma subida de 0,1 pontos percentuais face aos 11,7% um ano antes.

 

"Consideramos que temos o rácio adequado ao modelo de negócio", sublinhou Maya. O rácio esperado pela gestão de Maya, no plano estratégico desenhado até 2021, é de 12%.

 

Haverá uma normalizada da densidade média dos activos ponderados pelo risco, explicou Maya, que levará a uma aproximação à média europeia, o que libertará capital e, consequentemente, terá impacto positivo nos rácios de capital.

 

Em relação a eventuais emissões para cumprir os requisitos de MREL, que obriga à emissão de títulos de dívida que possam ser absorvidas em caso de perdas, os objectivos de cumprimento do MREL são para quatro anos, disse o administrador com o pelouro financeiro, Miguel Bragança, pelo que desdramatizou as eventuais emissões. "Emitiremos à medida que entendemos que as condições de mercado são as mais convenientes, de dívida sénior, subordinada, como tem sido no passado, nada fora da normalidade", continuou.

 

Dividendos precisam de discussão

 

Em relação aos dividendos, que o banco quer pagar "tão breve quanto possível" remuneração accionista. "Nós temos vontade, o banco tem vontade de pagar no caminho de normalização", continuou. Mas, pese embora a autorização dos accionistas para a alteração contabilística que permite o pagamento dos dividendos.

 

Agora, haverá a discussão com as autoridades de supervisão (como o Negócios noticiou, não haverá qualquer decisão antes de o BCP conhecer as exigências do Banco Central Europeu em termos de requisitos mínimos de capital), e dentro da própria equipa de gestão.

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