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BCP e sector do papel impulsionam bolsa
A bolsa nacional fechou a valorizar, a beneficiar do alívio de pressão sobre Itália, que ajudou à queda dos juros e à consequente subida da banca. O BCP esteve entre as cotadas que mais ajudou o PSI-20 a subir.
A bolsa nacional fechou a sessão a valorizar, a acompanhar a tendência das congéneres europeias. A contribuir para a subida dos índices está o sector automóvel, que beneficia de uma notícia que aponta para que a China esteja a preparar um corte do imposto sobre a compra de automóveis, o que está a animar a negociação do sector. Isto numa sessão que foi marcada por problemas técnicos que impediram o normal funcionamento das bolsas que estão sob a gestão da Euronext.
O PSI-20 subiu 0,56% para 4.952,31 pontos, com 12 cotadas em alta e seis em queda. Já o Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, avança 0,88% para 355,45 pontos.
Ainda a contribuir para a subida das bolsas está o facto de a S&P ter mantido o "rating" de Itália, quando se antecipava um corte da notação financeira do país. Esta decisão de manter o rating de Itália aliviou a pressão sobre Roma e provocou uma queda dos juros italianos, tendo "contagiado" países como Portugal.
Assim, os sectores que mais subiram esta sessão foram os de automóvel e banca. E Lisboa não foi excepção, com o BCP a ser uma das acções que mais subiram. O banco liderado por Miguel Maya subiu 1,43% para 0,2202 euros.
A contribuir para os ganhos da bolsa esteve também a Pharol, cujas acções dispararam 4,62% para 0,145 euros, num dia em que a "guerra" entre a empresa liderada por Palha da Silva e a brasileira Oi conheceu mais um episódio. A Pharol pediu a suspensão do aumento de capital da Oi, alegando que se trata de uma "provável fraude à lei societária de tal deliberação, como ainda o facto de a aprovação do plano de recuperação judicial da Oi por credores não afastar a aplicação da legislação societária brasileira".
A operadora de telecomunicações reagiu, garantindo que "responsabilizará a Pharol, nos meios judiciais cabíveis, por qualquer atraso ou prejuízo que vier a ser causado por ela ao soerguimento da companhia e a manutenção de toda a sua cadeia de produção e 'stakeholders' (empregados, fornecedores, accionistas, credores e sociedade em geral) especialmente quanto a injecção de 4 mil milhões de reais em investimentos essenciais para a viabilidade da empresa em recuperação judicial".
Em alta fecharam também as acções da Navigator, ao subirem 2,51% para 4,328 euros, da Semapa (+1,11% para 16,46 euros) e da Altri (+0,93% para 7,63 euros).
Do lado oposto esteve a Jerónimo Martins, ao perder 0,39% para 11,41 euros, enquanto a rival Sonae SGPS subiu 0,47% para 0,859 euros.
Destaque ainda para a Galp Energia, que apresentou os seus resultados esta segunda-feira antes da abertura do mercado. A petrolífera obteve lucros de 212 milhões de euros no terceiro trimestre deste ano, o que traduz uma subida de 35% face ao mesmo período de 2017. O resultado líquido, que exclui efeitos de stock e eventos não-recorrentes, superou ligeiramente a média das estimativas dos analistas que apontava para um total de 210 milhões de euros.
Também hoje, a petrolífera revelou que desistiu da exploração de petróleo em Aljezur.
A Galp fechou o dia a cair 0,2% para 14,97 euros.
A ajudar a bolsa nacional esteve ainda a Mota-Engil, ao ganhar 3,24% para 1,722 euros, e a Nos, que apreciou 1,23% para 4,94 euros.