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Fecho dos mercados: China puxa pelas bolsas europeias. Juros italianos em queda acentuada
As notícias de que a China estará a preparar um corte do imposto sobre a compra de carros animaram as bolsas do Velho Continente e estão a contagiar Wall Street. No mercado de dívida, os juros de Itália afundaram depois da S&P ter decidido não cortar o "rating" do país.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,56% para 4.952,31 pontos
Stoxx 600 subiu 0,90% para 355,51 pontos
S&P 500 valoriza 0,45% para 2.670,18 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 3,9 pontos base para 1,187%
Euro recua 0,10% para 1,1382 dólares
Petróleo desce 0,45% para 77,30 dólares por barril, em Londres
Sector automóvel puxa pelas bolsas europeias
As principais praças do Velho Continente subiram no arranque desta semana, beneficiando dos ganhos do sector automóvel. Isto depois de ter sido avançado que a China estará a preparar um corte do imposto sobre a compra de carros. O Stoxx 600 subiu 0,90% para 355,51 pontos, numa sessão marcada por problemas técnicos que impediram o normal funcionamento das bolsas que estão sob a gestão da Euronext.
A tendência europeia está a ser acompanhada do outro lado do Atlântico, com o S&P 500 a subir 0,45% para 2.670,18 pontos.
Além da China, o dia também foi marcado pelo anúncio da chanceler alemã Angela Merkel de que não se vai recandidatar à presidência da CDU. Além disso, os investidores estão ainda a digerir a decisão da agência financeira S&P, na sexta-feira, de não cortar o "rating" de Itália.
Em Lisboa, o PSI-20 subiu 0,56% para 4.952,31 pontos, animado pelo avanço do BCP. O banco liderado por Miguel Maya ganhou 1,43% para 22,02 cêntimos. Destaque também para a Pharol, cujas acções dispararam mais de 4%, num dia em que se intensificou a "guerra" entre a empresa liderada por Palha da Silva e a brasileira Oi.
Juros italianos em queda acentuada
O mercado de dívida de Itália está a beneficiar da decisão da S&P, conhecida na sexta-feira, de não cortar o "rating" do país. A "yield" associada às obrigações a dez anos está a aliviar 11,5 pontos base para 3,330%, depois das subidas recentes motivadas pelos receios em torno do orçamento e das consequências do seu chumbo por parte de Bruxelas.
O alívio dos juros estende-se à generalidade dos países do euro. Em Portugal, a taxa a dez anos está a cair 3,9 pontos base para 1,187%, enquanto, em Espanha, os juros no mesmo prazo estão a recuar 2,5 pontos base para 1,542%.
Já na Alemanha a tendência é de agravamento, com os juros a dez anos a subirem 2,8 pontos para 0,380%.
Taxas Euribor mantêm-se a três e seis meses
As taxas Euribor mantiveram-se a três meses e desceram a nove e 12 meses, face a sexta-feira. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, também não sofreu alterações, mantendo-se nos -0,259%, um máximo desde Junho de 2017.
Saída de Merkel atira euro para as quedas
A chanceler alemã Angela Merkel anunciou esta segunda-feira, 29 de Outubro, que em Dezembro não se recandidata à presidência da CDU, cargo que ocupa desde 2000. Merkel revelou ainda que pretende concluir o quarto mandato como chanceler, que apenas termina em 2021.
Este anúncio levou o dólar a subir contra o euro, aproximando-se de um máximo de 10 semanas alcançado na semana passada. O euro desvaloriza 0,10% para 1,1382 dólares.
"Os mercados cambiais consideram-na [Merkel] a Dama de Ferro da Europa", disse Karl Schamotta, estratega-chefe de mercado da Cambridge Global Payments, à CNBC. "Isto não é certamente positivo para o euro", acrescentou.
Petróleo a caminho da maior queda mensal desde 2016
Os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais, com a matéria-prima a preparar-se para registar a maior queda mensal desde Julho de 2016. Isto depois de a Rússia ter sugerido que poderá aumentar a sua produção, que já está em níveis recorde.
As cotações do "ouro negro" estão a cair, mesmo com a perspectiva de que os EUA vão aplicar em breve sanções ao Irão. Neste cenário, o Brent, negociado em Londres, está a cair 0,45% para 77,30 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate, em Nova Iorque, está a ceder 0,68% para 67,11 dólares.
Ouro afasta-se de máximo de três meses
O metal amarelo está a recuar, afastando-se de um máximo de mais de três meses alcançado na sessão anterior. Esta queda deve-se à valorização do dólar, mas também à subida das acções nas praças do Velho Continente.
O ouro está a ceder 0,42% para 1.228,29 dólares por onça, depois de tocar o valor mais elevado desde 17 de Julho na sexta-feira, de 1.243,32 dólares. Já a prata está a cair 0,82% para 14,5763 dólares.