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Supervisor chinês propõe cortar imposto sobre a compra de automóveis. Acções do sector disparam
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma apresentou um plano para cortar o imposto em 50%, de 10% para 5%.
O organismo chinês responsável pelo planeamento económico propôs cortar os impostos cobrados na compra de automóveis para metade, avança a Bloomberg. A medida, que tem como objectivo contrariar os efeitos negativos da guerra comercial e travar a desaceleração da procura, está a levar as fabricantes automóveis a disparar em bolsa, perante a perspectiva de um aumento das vendas naquele que é o maior mercado do mundo para este sector.
De acordo com a agência noticiosa, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, que é também o regulador máximo da China, apresentou um plano a um grupo de altos responsáveis políticos que prevê um corte de 50% nos impostos, de 10% para 5%, a aplicar aos veículos de passageiros com motores até 1,6 litros.
Os automóveis desta dimensão representam cerca de 70% das vendas realizadas na China no ano passado, de acordo com os dados da Associação de Construtores Automóveis da China.
A Volkswagen, cujas vendas na China representaram no ano passado quase 39% do total, está a registar fortes ganhos em bolsa. As acções disparam 5,14%, depois de terem chegado a valorizar 6%, a maior subida intradiária em mais de dois anos. A BMW e a Daimler, que também têm a China como o seu maior mercado, registam igualmente fortes ganhos. A BMW sobe 4,05% e a Daimler 4,77%. A Fiat e a Ferrari valorizam mais de 3% e a Continental 5,29%.
As vendas de carros na China estão a caminho da sua primeira queda anual em duas décadas, com a guerra comercial com os EUA a pesar no crescimento e a acelerar as perdas no mercado de acções.
Depois de ter registado vendas recorde nas últimas décadas – com a emergente classe média da China a comprar os seus primeiros automóveis - os consumidores estão agora a travar as suas compras, um recuo exacerbado pela eliminação gradual de um desconto na compra de carros. Esse incentivo foi implementado em 2015, reduzido no ano passado e eliminado gradualmente no início deste ano.