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BCP desce 23% desde a fusão de acções e renova mínimo abaixo de 1,04 euros

O BCP fechou a sessão de hoje no valor mais baixo de sempre: 1,04 euros. A meio do dia, contudo, já tinha atingido uma cotação inferior: 1,0381 euros. Há dois dias que o banco tem vindo a recuar em bolsa.

Miguel Baltazar
28 de Dezembro de 2016 às 17:07
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O Banco Comercial Português voltou a tocar em valores nunca antes registados esta quarta-feira. Foi o segundo dia seguido com uma desvalorização superior a 2%.

 

As acções do banco sob o comando de Nuno Amado (na foto) recuaram 2,37% para 1,04 euros numa sessão em que foram transaccionados mais de 4 milhões de títulos. Um volume em linha com o verificado ontem e acima da média diária do último semestre, que foi de 3 milhões.

 

A tendência das últimas duas sessões, que se segue a duas semanas com saldo negativo, atirou o BCP para um mínimo histórico. O valor mais baixo alguma vez tocado pelo banco a meio de uma sessão foi registado hoje - de 1,0381 euros - sendo que, no fecho do dia, a cotação de 1,04 euros também corresponde a um novo mínimo de fecho.

 

Estes valores estão ajustados da fusão de acções que teve efeitos a 24 de Outubro (quando diminuiu o número de acções representativas do capital do BCP com o proporcional aumento da cotação). Aliás, desde essa operação, que pretendeu retirar o banco da cotação de cêntimos e o atirou para cotações superiores a 1,30 euros, o BCP perde 23% do valor. 

 

Na Europa, o dia foi misto na banca, que tem sido penalizada pelas incertezas em torno do resgate do italiano Monte dei Paschi (com o Governo italiano a garantir que o plano em cima da mesa é suficiente). Em Portugal, apesar da queda do BCP, o resto do sector bancário manteve-se hoje inalterado. O Montepio ficou com as suas unidades de participação em 0,42 cêntimos, também um mínimo histórico. O BPI não saiu da cotação de 1,127 euros em que tinha encerrado o dia de ontem, ainda sem novidades na oferta pública de aquisição lançada pelo CaixaBank a 1,134 euros.

 

Na terça-feira foi revelado que os bancos vão enfrentar, no próximo ano, maiores encargos nas contribuições que fazem para o Fundo de Resolução e para o Fundo de Garantia de Depósitos. O Banco de Portugal também determinou que serão impostos limites na exposição que as instituições financeiras podem ter face ao chamado sistema bancário paralelo.

 

Na semana passada, o BCP já tinha sentido turbulência devido à notícia que dava conta da intenção do Governo polaco em aumentar o imposto sobre os empréstimos hipotecários concedidos em moeda estrangeira. O banco português detém 50,1% do polaco Bank Millennium, um dos mais afectados pela decisão que pretendia promover a conversão dos créditos concedidos em francos suíços para zlotys. 


Histórico da evolução do BCP, com cotações ajustadas das operações de mercado































(Notícia corrigida às 17:15: a fusão foi em Outubro, e não em Janeiro, como estava erradamente)



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