Os bancos gregos, que já receberam duas injecções de capital nos dois últimos anos, poderão precisar de uma nova entrada de fundos, à medida que a recessão no país agrava o crédito malparado.

Os quatro maiores bancos, que representam 91% dos activos bancários do país, poderão ver desaparecer os seus 12 mil milhões de euros em capital tangível com a subida das provisões, à medida que os empréstimos reestruturados e vencidos entram em incumprimento. De acordo com a Bloomberg, mesmo que a Grécia consiga alcançar um acordo com os credores, o próximo resgate para o país terá que incluir uma nova ronda de financiamento para a banca.

O crédito malparado na Grécia aumentou no último trimestre, fruto do agravamento da recessão no país, o que está a levar os gregos a atrasar o pagamento das prestações dos empréstimos contraídos junto da banca.

O National Bank of Greece, o Piraeus Bank, o Alpha Bank e o Eurobank Ergasias podem necessitar de mais 16 mil milhões de euros em provisões adicionais para cobrir as perdas, caso metade dos 59 mil milhões de euros em empréstimos reestruturados e vencidos em carteira tenham problemas.

A Grécia é o tema da reunião de hoje dos ministros das Finanças da Zona Euro, num momento em que o futuro do país na união monetária europeia é cada vez mais incerto.