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Acordo EUA-China é difícil este ano. S&P500 regista maior queda das últimas seis semanas

As bolsas norte-americanas negociaram em terreno negativo, penalizadas pela elevada improbabilidade de os Estados Unidos e a China assinarem um acordo comercial, ainda que parcial, este ano.

Reuters
20 de Novembro de 2019 às 21:06
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O Dow Jones fechou a ceder 0,41% para 27.820,41 pontos, depois de marcar um novo máximo histórico ontem nos 28.090,21 pontos.

 

Já o S&P 500 recuou 0,38% para 3.108,46 pontos. Durante a sessão chegou a cair 0,92%, naquela que foi a maior queda desde 8 de outubro (quando desvalorizou 1,56%). Isto após ter estabelecido ontem, na negociação intradiária, um valor nunca antes visto, nos 3.127,64 pontos.

 

Também o tecnológico Nasdaq Composite perdeu terreno, cedendo 0,51% para 8.526,73 pontos. Durante a sessão de ontem chegou a fixar um novo recorde, nos 8.589,76 pontos.

 

Depois de ontem se ter registado uma sessão bastante volátil em Wall Street, hoje a tendência foi claramente de perdas, devido a um novo recuo na frente comercial EUA-China.

 

Os principais índices do outro lado do Atlântico foram penalizados por relatos de que as duas maiores economias do mundo não deverão chegar a um acordo este ano.

 

Na segunda-feira, Pequim disse estar pessimista quanto às probabilidades de alcançar o esperado acordo comercial parcial (chamado de "fase um") com Washington, atendendo a pendentes difíceis de ultrapassar.

 

Ontem, o presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a ameaçar Pequim com um aumento das tarifas aduaneiras no caso de ambas as nações não conseguirem chegar a acordo, mas entretanto foi avançado que os Estados Unidos e a China estariam a tentar chegar ao referido acordo de "fase um" com base num alívio de tarifas aduaneiras proposto em maio passado.

 

Hoje, o cenário mostrou-se menos risonho do que o esperado e esse acordo, bem como a expectativa de ser assinado em dezembro, parece estar mais longe. Isto depois de a Reuters avançar, citando fontes conhecedoras do processo, que o pacto comercial poderá ter de ser (uma vez mais) adiado.

 

De qualquer das formas, os índices conseguiram fechar longe dos mínimos da sessão – após ser veiculado, por vários órgãos de comunicação social, que havia progressos em curso.

 

A empalidecer as perspetivas de entendimento, nesta quarta-feira, esteve o facto de a China ameaçar retaliar após o Senado norte-americano ter aprovado ontem o apoio dos EUA à autonomia de Hong Kong face a Pequim.

 

A liderar as perdas na sessão de hoje estiveram as cotadas dos setores das telecomunicações e automóvel. O Nasdaq acabou por ser o índice mais penalizado pelo facto de as tecnológicas serem muito sensíveis a recuos na frente comercial, já que contam com a China para boa parte das suas receitas.

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