Notícia
EUA e China estão a negociar alívio de tarifas com base em proposta de maio
Os Estados Unidos e a China estão a tentar chegar a um acordo de "fase um" com base num alívio de tarifas aduaneiras proposto em maio passado.
A guerra comercial entre Washington e Pequim tem passado por avanços e recuos constantes. Desde que em junho do ano passado começaram a ser impostas tarifas alfandegárias adicionais sobre os produtos de parte a parte, já por várias vezes que as negociações entre as duas maiores economias do mundo foram suspensas por falta de entendimento.
Nas últimas duas semanas parece ter havido progressos mais concretos, tendo começado a ser avançado um possível acordo comercial parcial, chamado de "fase um". Mas na semana passada o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que esse acordo ainda não estava fechado. Apesar de considerar que estaria para breve, brandiu de novo a ameaça de tarifas acrescidas. Algo que voltou a fazer hoje.
Do lado da China, uma das questões pendentes prende-se com as importações de produtos agrícolas dos EUA. Trump disse recentemente que a China tinha concordado em comprar o equivalente a 50 mil milhões de dólares anuais de soja, carne de porco e outros produtos agrícolas. Mas a China tem-se mostrado hesitante em colocar um compromisso numérico no texto de um potencial acordo.
Agora parece haver nova reviravolta e talvez seja desta que as duas partes chegam a um entendimento.
Segundo a Bloomberg, citando fontes próximas das conversações, o quase-acordo entre os EUA e a China que caiu por terra há seis meses está agora a ser usado como referência para se decidir que tarifas (e em que dimensão) devem ser faseadamente retiradas nesta "fase um" do acordo comercial.
Os dois lados estão a ponderar associar a dimensão das tarifas que serão retiradas gradualmente às cláusulas preliminares definidas em maio – mas cujo acordo acabou por falhar.
Duas das referidas fontes disseram à Bloomberg que a Casa Branca está ainda a debater internamente a percentagem exata das tarifas que serão eliminadas.
As conversações entre os dois países têm-se arrastado e só este ano já houve muitas razões para euforia mas também para grandes deceções. A Bloomberg resume, numa infografia, os momentos mais importantes do último ano: