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China vai eliminar parte das tarifas sobre porco e soja americanos

A China aceitou eliminar algumas tarifas sobre bens agrícolas, mas o imbróglio mantém-se: os objetivos dos americanos quanto às importações nesta rubrica superam em muito as quantidades reais do ano passado.

Reuters
06 de Dezembro de 2019 às 07:55
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O ministério das Finanças chinês anunciou que irá eliminar tarifas impostas sobre as importações de carne de porco e soja oriundos dos Estados Unidos.

A quantidade de bens que será alvo de isenção de tarifas não foi avançada pelo ministério, mas o gabinete acrescentou que a escolha para a isenção se baseou em candidaturas feitas por empresas norte-americanas.

A China havia imposto tarifas de 25% sobre os dois produtos já em julho de 2018. A iniciativa veio num "contra-ataque" face a tarifas impostas previamente por Washington, com a justificação de que Pequim rouba propriedade intelectual das empresas dos Estados Unidos para a transferir para as próprias empresas.

Este anúncio surge numa altura em que ambas as nações discutem um acordo comercial parcial, no qual deve ficar resolvida parte das divergências, servindo de rampa de lançamento para as negociações mais difíceis. Caso estes países não cheguem a acordo em breve, o líder da Casa Branca, Donald Trump, já avisou que irá avançar com a ronda de tarifas sobre 165 mil milhões de dólares de importações chinesas, que já estava prevista para meados de dezembro.

Para além da frente comercial, existe outro fator de peso para a China nesta discussão: a febre suína africana, que tem atacado os porcos na China, abalou severamente a disponibilidade deste produto naquele território.

Bens agrícolas ainda atrapalham entendimento

Apesar das isenções sobre a soja e carne de porco poderem representar um bom sinal quanto às negociações comerciais, o Wall Street Journal avançou esta sexta-feira que Pequim e Washington mantêm largas divergências quanto aos níveis de importação.

Os Estados Unidos defendem que a segunda maior economia do mundo deve comprar entre 40 e 50 mil milhões de dólares de bens agrícolas norte-americanos anualmente, consideravelmente acima das compras de 8,6 mil milhões que foram realizadas por Pequim no ano passado.

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