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IMF – Rand Sul-Africano valorizou 21% desde novembro

Usd/Zar em baixa depois de demissão de Jacob Zuma; Eur/Usd renova máximos de dezembro de 2014; Crude recupera com desvalorização do dólar; Ouro registou uma das melhores semanas desde abril de 2016.

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Rand Sul-Africano em alta depois de demissão de Jacob Zuma

O Rand da África do Sul atingiu máximos de março de 2015 face ao dólar nos $11.56, na sequência da demissão do presidente Jacob Zuma do respetivo cargo. Após esta ocorrência, o Rand valorizou mais de 2.50%, totalizando uma recuperação de cerca de 21% desde meados de novembro. O novo presidente eleito, Cyril Ramaphosa, já prometeu colocar um ponto final nos escândalos de corrupção e no declínio económico que assolam o país. Termina assim a missão de Jacob Zuma no estado sul-africano, depois de nove anos no poder, na sequência do ultimato realizado pelo seu próprio partido, o Congresso Nacional Africano (ANC). Estes decidiram dar 48 horas ao antigo presidente para se demitir, decisão essa que foi acatada pelo mesmo, depois de já ter sido retirado da liderança do partido pelos representantes do mesmo, no ano passado.

A nível técnico, o Usd/Zar quebrou a barreira suporte dos $11.80, depois da tendência em baixa registada desde novembro. No gráfico diário, o RSI de 14 períodos indica-nos que o par está muito próximo de níveis oversold, pelo que o movimento descendente do par poderá vir a ser interrompido.


Eur/Usd renova máximos de dezembro de 2014

O PIB na Zona Euro no 4º trimestre foi anunciado de acordo com o expectável, fixando-se nos 2.7% y/y. A balança comercial s.a. na Zona Euro apresentou um excedente acima do esperado (€23.8mM vs €22.4mM) e um crescimento da produção industrial em dezembro também acima do expectável (5.2%). O IPC nos EUA subiu mais do que o previsto, em janeiro, fortalecendo as expectativas de uma agilização do aumento das taxas de juros, por parte da Reserva Federal. Os dados sobre a inflação deveriam ter impulsionado o dólar, mas tal não se sucedeu, com o Eur/Usd atingir novos máximos de dezembro de 2014.

No gráfico diário, o RSI e o estocástico indicam uma zona overbought, sendo que o par já corrigiu em baixa dos máximos registados, tendo recuado mais de uma figura. No longo-prazo, o par testou a linha de tendência descendente registada desde 2008, que ao longo dos anos tem vindo a demonstrar-se bastante robusta, tendo reagido em queda. O par deverá encontrar dificuldades em torno dos $1.2550-$1.2650 e terá suporte a $1.2300-60.


Crude recupera com desvalorização do dólar

O Crude recuperou na semana passada, de uma péssima semana, suportado pela recuperação dos mercados de capitais nos EUA e pela desvalorização ligeira do USD. Apesar disto, os fundamentos não melhoraram muito para o petróleo. Nos EUA, o número de plataformas ativas subiu para as 791, o valor mais alto desde abril de 2015. Ainda assim, este valor continua a ser metade dos números de 2013 e 2014. A produção de petróleo nos EUA continua a aumentar, ainda que a um ritmo mais suave. Os stocks de crude também subiram 1,8 milhões de barris, mas este valor ficou abaixo das estimativas.

A tendência de curto prazo aponta para baixo e é provável que o petróleo venha a testar o suporte que passa por valores próximos dos $60. A quebra deste valor poderá levar a uma alteração no sentimento e levar a liquidação de parte da enorme exposição neste ativo. No caso de recuperação a resistência surge nos máximos recentes a $66.50.


Ouro registou uma das melhores semanas desde abril de 2016

Após ter caído nas últimas duas semanas, atingindo mínimos de um mês nos $1306, a cotação do ouro subiu mais de 4% desde que se registou o valor referido anteriormente. O "metal precioso" alcançou máximos de três semanas nos $1360, tendo valorizado mais de 3% nos últimos sete dias. O ouro obteve uma das melhores semanas em termos de ganhos, no espaço de dois anos, suportado por um dólar mais fraco e pelo aumento da inflação acima do esperado. Para além disso, com o Ano Novo Chinês, o aumento no volume de compras físicas aumentou, no qual esta commodity se insere, pelo que o preço também foi afetado por esse fator.

A nível técnico, a cotação do ouro testou a zona de resistência dos $1344-$1355, mantendo-se uma vez mais acima da linha de tendência de médio-prazo. Contudo, no gráfico diário, o RSI de 14 períodos revela que o "metal precioso" está a encaminhar-se para a zona de overbought pelo que, caso isso suceda, poderá levar uma queda do mesmo e ao insucesso no derrube da resistência de longo-prazo.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.



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