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IMF – FED manteve taxas de juro inalteradas

Banco de Inglaterra interrompeu série de subida de taxas; FED manteve taxas de juro inalteradas; Petróleo renovou máximos de 10 meses; Ouro com semana positiva.

| Banco de Inglaterra interrompeu série de subida de taxas

O Banco de Inglaterra (BoE) decidiu manter a sua taxa de juro de referência inalterada em 5.25%, marcando a 1ª vez que não subiu taxas desde dezembro de 2021. A votação do Comité de Política Monetária teve 5 membros a favor da pausa e 4 membros a favor de uma subida de 25 pontos base. O Comité indicou existirem sinais crescentes de impacto da política monetária mais restritiva no mercado laboral e na globalidade da economia, o que levou a que o BoE cortasse a sua previsão de crescimento económico do 3º trimestre para apenas 0.1%, face aos 0.4% previstos em agosto. O BoE também indicou que o crescimento para o resto do ano deverá ser mais fraco do que o antevisto, assinalando sinais claros de fraqueza no mercado da habitação. A decisão de manter as taxas de juro foi impulsionada pela divulgação de que a inflação do Reino Unido abrandou inesperadamente em agosto para os 6.7% y/y - mínimo de 12 meses. O consenso de mercado era de uma subida para 7.1%, após os 6.8% registados em julho. Em cadeia, a inflação subiu 0.3%, quando se esperava uma subida de 0.7%. A inflação subjacente recuou para 6.2%, após 6.9% em julho. Assim, a queda da inflação aumentou as expectativas do mercado quanto à implementação de uma pausa, que se veio a verificar. Numa outra nota, o PMI compósito preliminar de setembro do Reino Unido recuou para os 46.8 pontos, face aos 48.6 registados em agosto. O PMI dos Serviços recuou para os 47.2 pontos, face aos 49.5 registados no mês anterior.

Na última semana, a Libra perdeu terreno, levando o Eur/Gbp a valorizar ao ponto de quebrar em alta a resistência das £0.866 e subir até alcançar a resistência seguinte nas £0.87. Assim, o par apresenta-se agora a testar a nova resistência, tendo renovado máximos de 2 meses.

| FED manteve taxas de juro inalteradas

A Reserva Federal dos EUA decidiu manter a taxa de juro de referência inalterada, como era antecipado, mas apresentou uma postura mais "hawkish" do que o esperado ao prever que a taxa de referência deverá atingir o seu máximo este ano no intervalo de entre 5.50% e 5.75%, acima do intervalo de entre 5.25% e 5.50%. Ou seja, a FED indica que poderá haver mais uma subida de taxas este ano. As novas projeções da FED apontaram para um total de cortes de apenas 50 pb em 2024, face aos 100 pb antecipados na projeção de junho e espera que a taxa de referência se situe nos 5.1% em finais de 2024 e 3.9% em finais de 2025. Além disso, prevê que a inflação recue para 3.3% no final deste ano, 2.5% no final de 2024 e 2.2% no final de 2025. Assim, espera-se que a inflação atinja a meta de 2% apenas em 2026. O Comité de Política Monetária afirmou que a inflação se mantém elevada e espera que a economia dos EUA cresça 2.1% em 2023.

Numa outra nota, na Europa, após o BCE ter subido as suas taxas de referência, citando ser a última subida do ciclo, diversos membros BCE têm vindo a indicar que a inflação da Zona Euro tem permanecido teimosamente elevada, o que poderá levar a mais subidas nas taxas de juro. O presidente do Bundesbank, Joachim Nagel, afirmou ainda não estar claro se as taxas do BCE já atingiram o seu topo, dado que a inflação não está a aproximar-se de 2% ao ritmo "desejado" e a inflação subjacente permanece elevada, sendo esperada apenas uma redução gradual. Já o presidente do Banco Central da Letónia indicou não estar pronto para descartar a possibilidade de ser necessária mais uma subida, comentando ainda que um corte nas taxas na 1ª metade de 2024 seria algo prematuro. Em sentido contrário, o presidente do Banco Central da Grécia disse a um jornal alemão que "as taxas de juro do BCE atingiram provavelmente o seu ponto mais alto, e espera-se que a sua próxima ação seja uma redução".

Na semana passada, o Eur/Usd retornou a renovar mínimos de março, tendo recuado até aos $1.0613. No entanto, o par encontrou algum suporte na linha de tendência ascendente (vermelho), que nasce em finais do ano passado.

| Petróleo renovou máximos de 10 meses

O petróleo voltou a renovar máximos de 10 meses, beneficiando do corte voluntário de produção da Rússia e da Arábia Saudita e do facto de a Rússia ter banido a exportação de combustíveis, o que criou preocupações sobre a oferta no mercado.

O petróleo continuou a valorizar no início da última semana, até renovar máximos de novembro de 2022 acima dos $93.5. Posteriormente, a matéria-prima perdeu terreno, mas encontrou suporte perto dos $88.

| Ouro com semana positiva

O ouro começou a semana a ganhar algum terreno, mas recuou de seguida enquanto o dólar fortaleceu após a FED ter apresentado uma postura mais "hawkish" que o esperado e apontado para a possibilidade de haver mais uma subida até ao final do ano.

O ouro apresentou uma semana positiva, tendo iniciado a mesma a valorizar, até ter quebrado momentaneamente em alta a resistência dos $1940. Posteriormente, a matéria-prima recuou, mas permaneceu a oscilar entre os $1910 e $1930.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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