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IMF – BCE subiu taxas; Atividade económica abrandou

A Netflix perdeu menos subscritores que o esperado; BCE subiu taxas em 50 pb; Petróleo voltou a recuar; Ouro aguarda reunião da Fed

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| Netflix perdeu 1 milhão de subscritores, anuncia novo plano suportado com publicidade

A Netflix apresentou os seus resultados relativos ao segundo trimestre de 2022. Neste período, a empresa de streaming perdeu quase 1 milhão de subscritores (970 mil). Evidentemente, este não é o cenário mais desejável. Não obstante, os investidores reagiram positivamente aos números. Isto acontece, pois, há alguns meses atrás, a própria empresa tinha previsto que o seu número de subscritores caísse em 2 milhões, mais do dobro do que acabou por se verificar. Para além disto, prevê agora que irá regressar ao crescimento (do número de utilizadores) no 3º trimestre. Já para combater um mercado que começa a ficar saturado, a empresa anunciou que planeia introduzir no início de 2023 um novo plano "low-cost", suportado com publicidade, de forma a atrair mais clientes. No que toca à contabilidade, nos três meses até junho, as receitas aumentaram 9%, para $7,97 mil milhões, ligeiramente abaixo dos $8,04 mM esperados. A empresa notou ainda que as receitas teriam aumentado em 13%, não fosse o impacto cambial (i.e., a subida do dólar). Já os lucros subiram 6,5%, para $1,44 mM, acima dos $1,32 mM esperados.

A nível técnico, as ações da Netflix transacionam com uma tendência de queda desde o final de 2021. No entanto, de momento a ação encontra-se a quebrar em alta o limite superior do canal de tendência descendente, o que poderá significar uma inversão da tendência de longo para a ação.


| BCE subiu taxas pela 1ª vez em 11 anos

O BCE realizou a primeira subida de taxas desde 2011. O incremento foi de 50 pontos base, acima dos 25 pb "anunciados" pelo Banco Central no seu forward guidance. A taxa de depósitos situa-se agora em 0% e a de refinanciamento em 0.50%. A instituição justificou a decisão com vários fatores, dos quais se destaca o elevado nível da inflação. Para além disto, o banco apresentou oficialmente a sua ferramenta "anti-fragmentação", a qual denominou de Instrumento de Proteção de Transmissão de política monetária (TPI), que não terá qualquer tipo de limites, ou seja, a instituição poderá adquirir qualquer volume de títulos, dependendo da avaliação do Conselho de Governadores. Lagarde afirmou ainda que "subir mais depressa não quer dizer subir mais", pelo que 2% deverá continuar a ser o teto para a taxa de cedência de liquidez. Noutra temática, na sexta-feira foi publicado um diverso leque de PMIs de várias geografias, tendo todas entrado em território de contração. Na Zona Euro, o PMI Compósito preliminar (que agrega o setor industrial e terciário) recuou de 52 para 49,4 pontos em julho – mínimo de 11 meses –, sendo que qualquer valor abaixo de 50 representa uma contração. Na Alemanha, o mesmo indicador caiu de 51,3 para 48 pontos. Visto que não há duas sem três, nos EUA também se terá entrado em contração (de 52,3 para 47,5 pontos), sendo esta a leitura mais baixa em quase dois anos, penalizada por uma quebra particularmente acentuada no setor terciário, tendo o sub-indicador dos serviços recuado de 52,7 para 47,0 pontos.

O Eur/Usd acabou por ressaltar, após ter atingido mínimos de 20 anos nos $0,9953. Desde então tem transacionado acima da paridade, mas apenas ligeiramente. Como tal, as perspetivas permanecem amplamente negativas para o par. O facto de não ter (pelo menos até ao momento) atingido o nível dos $1,0340 no seu ressalto acaba por corroborar a fraqueza da moeda única neste momento. Assim, este terá sido apenas um ressalto técnico, sendo esperado que o par dê seguimento às perdas.


| Petróleo recuou com produção Líbia e riscos de recessão

Os preços do petróleo voltaram a registar uma semana com variação negativa, como resultado dos receios em torno do enfraquecimento da procura, como resultado dos receios de recessão. Dados revelados na semana passada mostraram que a procura por gasolina nos EUA caiu quase 8% em junho, face ao período homólogo. É de notar que a economia global cada vez mais aparenta estar a caminho de uma recessão, com as várias subidas de taxas de juro por parte de bancos centrais, mais recentemente o BCE (ver texto acima) a não ajudarem a situação. A condicionar ainda mais os preços, foi retomada parte da produção de petróleo bruto na Líbia.

A nível técnico, o crude dá seguimento às perdas que vem a registar desde meados de junho, à medida que transaciona dentro de um canal de tendência descendente (vermelho). Como tal, é provável que recue novamente para e torno dos $90 nas próximas semanas.


| Ouro lateraliza, aguarda por Fed esta semana

O ouro ainda chegou a quebrar em baixa o suporte dos $1700 no início da semana. Não obstante, acabou por ressaltar e regressar para em torno do referido nível, à volta do qual permaneceu nas sessões consequentes. De certa forma, o metal precioso estará a "aguardar" pela reunião da Fed de quarta-feira, na qual se espera que a instituição liderada por Jerome Powell implemente um incremento de 75 pontos base à sua taxa de juro de referência. Para além disto, a robustez do dólar também acabou por limitar o ressalto do ouro.

O ouro apresenta uma perspetiva de queda há já bastante tempo. O metal precioso transaciona para já dentro de um canal de tendência descendente (vermelho) desde o início do ano. Recentemente ressaltou no limite inferior deste, podendo assim vir a realizar um novo teste aos $1750 e potencialmente ao limite superior do canal.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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