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Os cinco temas que marcaram o segundo dia do Web Summit

Durão Barroso queixou-se que a Europa trata mal os EUA - cujas eleições nunca saíram do palco. A Vodafone decidiu "corrigir" Paddy Cosgrave e o Facebook anunciou novidades para o "messenger". Dos investidores ficou a mensagem: o momento é de "financiar negócios. Não ideias". Marcelo não foi, mas falou. 

Miguel Baltazar
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Vodafone pica-se com Cosgrave

Na sessão de abertura Paddy Cosgrave tentou uma primeira vez fazer uma partilha no seu telemóvel do site do Web Summit e não foi bem sucedido. Mais tarde, novamente no palco, ligou-se à rede do Meo que, com a Cisco, tem o contrato da rede wi-fi dentro do Pavilhão e aí foi bem sucedido. Pediu um aplauso para a Portugal Telecom e deixou cair: "desejo melhor sorte à Vodafone para a próxima vez". Esta terça-feira a Vodafone reagiu. A operadora assegura que Cosgrave estava ligado à rede wi-fi e não à da Vodafone e, para o provar, enviou o vídeo e uma fotografia onde se vê o sinal de ligação wi-fi. "Como é do conhecimento público, a Vodafone não é o operador responsável por assegurar as comunicações do Web Summit". Como tal, "os problemas técnicos que se verificaram durante a ligação em wi-fi não podem, em qualquer circunstância, ser imputados à Vodafone". AM


Durão e a "atitude negativa da Europa

Presente pela segunda vez nesta edição da Web Summit - já tinha estado na abertura - Durão Barroso foi questionado sobre a sua ida directa de Bruxelas para a alta finança norte-americana: "acha que foi tratado de forma muito severa" por ter saído directamente da presidência da Comissão Europeia para o grupo Goldman Sachs? José Manuel Durão Barroso optou pelo ataque: "tenho uma opinião diferente", disse. O facto de um assunto ter sido tratado como foi, mostra, para Durão Barroso, "a atitude negativa" que a Europa ainda tem "face às instituições financeiras e americanas". "Ainda existe uma atitude europeia negativa na Europa face aos EUA - tudo é mau" quando vem de lá, insistiu várias vezes. "Penso que isto é errado", defendeu, sobretudo num contexto de globalização em que o mundo actualmente vive, argumentou. IA


As eleições nos EUA

"Sou um republicano moderado, o que nos Estados Unidos é uma espécie em perigo. Esta é a primeira vez que vou votar nos democratas, já votei", afirmou o presidente da Cisco Systems, John Chambers, durante a sua intervenção no Web Summit, no dia em que os cidadão dos EUA elegeram o seu próximo presidente. Ou a sua próxima presidente. "Hillary Clinton tem a melhor hipótese de voltar a colocar a América no sítio certo. Ainda não tivemos um aumento salarial em 15 anos. É por isso que vêem os Estados Unidos zangados. Precisamos de um líder que nos volte a unir. Acho que esta eleição tem sido brutal", acrescentou. O tema que estava a debater no Web Summit estava relacionado com o facto de todos os países serem no futuro digitais. E sobre este tema, o líder da tecnológica assinalou que os Estados Unidos são dos poucos países que não têm um plano de digitalização. ACL


Facebook e o seu messenger

"Quem usa o Facebook Messenger?". Foi com esta pergunta que Loic Le Meur, fundador e CEO da Leade.rs, arrancou a penúltima conferência do dia. Praticamente todas as pessoas presentes no Meo Arena levantaram os braços. Uma reacção que deixou o vice-presidente da área de produtos de "messaging" "satisfeito" e confiante quando ao serviço lançado há cerca de seis meses. O responsável aproveitou o palco do Web Summit para anunciar ainda que nos últimos dias o grupo começou a testar uma nova modalidade no Messenger que consiste em criar grupos com base nos temas, e não na lista de amigos. "Por exemplo, poderia ser criado um grupo com o tema Web Summit ou sobre as eleições nos EUA e as pessoas que tivessem interesse juntavam-se ao grupo", explicou. "Começámos a testar há uns dias e, se tudo correr bem, lançaremos em breve", afirmou. SR


Mais do que ideias, negócios

"Estamos num mundo onde financiamos negócios. Não ideias", alertou Qasar Younis, sócio e COO da Y Combinator. "Para nós, enquanto investidores, o mais importante é saber se a empresa é lucrativa". Depois, segundo o responsável, as receitas, o potencial de utilizadores, o número de subscritores e só depois a ideia em si. Uma ideia partilhada por Christine Herron, directora da Intel Capital, que aproveitou para reforçar que no início do ano o mercado estava mais cauteloso em relação a investimentos. Agora, "está a adaptar-se", acrescentou. Já Josh Elman, partner da Greylock, alertou que a conversa da bolha nas tecnológicas é antiga. E é "céptico" quanto a essa questão. "A questão deveria ser: o meu negócio é um bom negócio? E não [a de] se há investimento". "Vão ser lucrativas? Essa é a principal questão no investimento", disse. SR

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