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Verão não chega para salvar turismo. Quebras chegam aos 60%

Entre janeiro e setembro, os estabelecimentos de alojamento turístico receberam 8,6 milhões de hóspedes, que foram responsáveis por 21,7 milhões de dormidas, números que equivalem a reduções a rondar os 60%.

As regiões de turismo estão a lançar campanhas para atrair o mercado inter  no, que vai assumir maior peso este ano.
Paulo Calado
16 de Novembro de 2020 às 11:08
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Os meses de verão foram de recuperação para o setor do turismo, mas foram insuficientes para atenuar as quebras registadas este ano. No conjunto dos primeiros nove meses de 2020, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 8,6 milhões de hóspedes, que foram responsáveis por 21,7 milhões de dormidas, números que equivalem a reduções a rondar os 60%.

Os dados foram divulgados esta segunda-feira, 16 de novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de uma nova contração acentuada da atividade turística no mês de setembro, depois da recuperação mais significativa que tinha sido registada em agosto.

Depois dos meses de receita praticamente zero em abril e maio, marcados pelo confinamento da população devido à pandemia e em que o turismo registou quebras superiores a 90% no número de hóspedes e de dormidas, os indicadores começaram a recuperar a partir de junho. A tendência de recuperação, conseguida graças ao mercado interno, manteve-se até agosto, mês em que as quebras se fixaram na casa dos 40%. Contudo, terminado o tradicional mês de férias dos portugueses, o cenário voltou a agravar-se em setembro.

Nesse mês, foram registados 1,37 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas, o que correspondem a quebras de 52,7% e 53,4%, respetivamente, em relação a setembro do ano passado. Isto num mês em que 24% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram qualquer movimento de hóspedes, uma proporção que fica acima daquela que tinha sido registada em agosto, de 22,8%.

Feitas as contas, no conjunto de janeiro a setembro, Portugal regista 8,6 milhões de hóspedes e 21,75 milhões de dormidas, o que representam quedas de 59,3% e 61,3% em relação a igual período do ano passado.

Para este movimento negativo contribuíram, sobretudo, os mercados externos. Do total de hóspedes, 5,25 milhões eram residentes em Portugal, tendo respondido por 11,33 milhões de dormidas, o que equivale quedas homólogas de 36,9% e 33,3%, respetivamente. Já os não residentes totalizaram 3,4 milhões de hóspedes e 10,4 milhões de dormidas, números que correspondem a reduções de 73%.

Ao mesmo tempo, também a estada média se reduziu, em quase 5% para 2,51 noites no conjunto de janeiro a setembro. Já a taxa de ocupação líquida por cama derrapou quase 23 pontos percentuais, fixando-se em 27,1% neste período.

Os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico acompanharam estas quebras e diminuíram 64,5%, totalizando 1.232 milhões de euros no final de setembro. Ainda assim, os preços resistiram e apresentaram uma quebra menos acentuada. No período de janeiro a setembro, o rendimento médio por quarto ocupado reduziu-se em 12,2% e fixou-se em 81,2 euros.

Dormidas de residentes crescem no Alentejo e Algarve

A tendência de quedas foi generalizada por todo o país, mas, tal como já tinha sido verificado em agosto, a procura por parte dos residentes aumentou nas regiões do Alentejo e do Algarve.

Durante o mês de setembro, o Alentejo registou 259,6 mil dormidas, das quais 214,3 mil foram de residentes em Portugal, o que representa uma subida de 3,9% em relação a setembro do ano passado.

Já no Algarve, registaram 723,9 mil dormidas de residentes em setembro, o que corresponde a um aumento homólogo de 10,1%.

A recuperação do mercado interno não foi, contudo, suficiente para compensar as quebras do turismo internacional. Assim, quer no mês de setembro, quer no conjunto dos nove primeiros meses do ano, o total de dormidas reduziu-se em todas as regiões do país.

Açores, Área Metropolitana de Lisboa e Madeira foram as regiões mais penalizadas no período de janeiro a setembro, com quebras a rondar os 70%.

O Alentejo foi a região mais resiliente, com uma quebra de 36,4% no total de dormidas neste período, seguido pelo Centro, que registou uma quebra de 50,6%, e pelo Norte, onde a diminuição foi de 56,5%.

Notícia atualizada pela última vez com mais informação às 11h31.
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