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Turismo em Portugal agravou crise em setembro com quedas acima de 50%
A atividade turística não recuperou em setembro, assinala o INE, que dá conta de reduções superiores a 50% no número de hóspedes e turistas, que são mais fortes do que as sofridas em agosto.
O turismo em Portugal continua a ser fortemente penalizado pela pandemia e nem a exclusão do país da lista negra do Reino Unido durante alguns dias salvou o setor no Algarve, que voltou a registar diminuições expressivas de turistas estrangeiros.
O Instituto Nacional de Estatística publicou esta quinta-feira a estimativa rápida para a atividade turística em setembro, concluindo que "não recuperou" no mês passado. Segundo a mesma fonte, o setor do alojamento turístico deverá ter registado 1,4 milhões de hóspedes e 3,6 milhões de dormidas, o que traduz quebras de 52,2% e 53,4%, respetivamente.
Estes indicadores voltaram assim a registar quedas acima de 50% em setembro, depois de em agosto o número de turistas ter descido 42,3% e de dormidas recuado 47,1%.
Os dados do INE mostram ainda que em setembro as dormidas de residentes em Portugal terão diminuído 8,5% para 890,3 mil (o que compara com a queda de 2,1% em agosto) e as de não residentes terão decrescido 71,9%, em linha com o registado em agosto.
O setor do turismo agravou assim a crise no mês de setembro, sendo que nesse mês quase um quarto (24,3%) dos estabelecimentos de alojamento turístico terão estado encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, um aumento face aos 21,2% de agosto.
No mês de setembro Portugal recebeu perto de 500 mil turistas estrangeiros, uma descida acentuada acima de 70% e que só não foi mais grave porque durante alguns dias Portugal ficou de fora da lista de quarentenas obrigatórias para residentes no Reino Unido.
O número de turistas britânicos em Portugal baixou 71,1% em setembro. As quebras menos intensas foram sentidas no turismo oriundo de Espanha, Países Baixos e Bélgica, mas sempre acima de 50%.
Por regiões de destido, o Alentejo terá continuado a apresentar a menor diminuição no número de dormidas, apresentando uma descida de 19,9%. O INE salienta ainda os "crescimentos das dormidas de residentes no Algarve (+10,3%) e Alentejo (+5,2%)".