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Turistas dos EUA, China e Brasil sustentam crescimento do turismo em Portugal

Os dados do INE até julho permitem concluir que, entre os turistas estrangeiros, são os que chegam dos EUA, China e Brasil que mais crescem desde o início do ano.

16 de Setembro de 2019 às 11:38
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Os turistas norte-americanos, chineses e brasileiros são os que mais crescem em termos percentuais entre janeiro e julho de 2019, face ao mesmo período de 2018, segundo os dados divulgados esta segunda-feira, 16 de setembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No total, o número de turistas está a crescer 7,2%.

A história do turismo português em 2019 é marcada sobretudo pelo crescimento percentual superior do mercado interno, ou seja, da maior procura turística por parte dos residentes. Os hóspedes residentes em Portugal cresceram 8,2% até julho, o que corresponde a mais de um milhão. 

Contudo, apesar de em termos percentuais a subida ser mais baixa (6,6%), os hóspedes não residentes continuam a representar a maior parte dos turistas em Portugal e, em termos nominais, representam uma subida maior, aproximando-se de quase dois milhões.

Olhando apenas para o mês de julho, segundo o INE, "Brasil e Espanha contribuíram com cerca de 90% para o acréscimo no número de dormidas de não residentes". Só nesse mês, comparando com o mesmo mês de 2018, as dormidas dos turistas brasileiros cresceram 18,3% e os espanhóis 7,6%. 
No acumulado do ano, em termos percentuais, o destaque vai também para o Brasil, ao qual se junta os EUA e a China. As dormidas dos turistas norte-americanos crescem 19% desde janeiro, os turistas chineses 16% e os turistas brasileiros 13%.

No mercado europeu, o destaque vai para os italianos com um crescimento acumulado de 10,2%, os espanhóis com 8,4% e os irlandeses com 7,2%. Nota ainda para o mercado do Reino Unido, um dos mais importantes, que está a crescer 1,5%, escapando para já à incerteza criada pelo Brexit. 

Porém, é também do mercado da União Europeia que chegam as piores notícias para o turismo português. O mercado alemão, que representa 10% do total de turistas não residentes que chegam a Portugal, está a cair 6,2% desde janeiro, a segunda queda entre os principais 16 mercados emissores, apenas superado pela Holanda (-7,6%). Segue-se a Bélgica (-5,6%), a Suécia (-3,2%) e a França (-2,8%).

Norte destaca-se. Madeira com a única descida
"Desde o início do ano, o realce vai para os acréscimos apresentados pelo Norte (+10,3%) e Alentejo (+9,5%)", assinala o INE no destaque publicado hoje. No caso do Norte, são os turistas não residentes que estão a puxar pelo turismo (+12,1%), aproximando-se dos valores que a Madeira tem de estrangeiros. 

No caso do Alentejo, a história é outra. São os residentes em Portugal que estão a rumar ao Alentejo para as férias com esse segmento a crescer 15,1% desde o início do ano. Já o número de não residentes que vai para o Alentejo está inalterado face ao mesmo período do ano passado. 

Todas as restantes regiões estão também a registar crescimentos, sendo a Madeira a exceção. O arquipélago está a conseguir captar mais turistas portugueses, mas estes representam pouco do total. É a queda de 4,4% nos turistas não residentes, que representam a maior fatia, que está a afetar o turismo madeirense até julho.
Apesar da subida do Norte e do Alentejo, o Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa continuam a ser os principais destinos de quem vem para Portugal. Por municípios, Lisboa capta um quinto das dormidas (20,3%) entre janeiro e julho, seguindo-se Albufeira com 12,3% e o Funchal com 7,6%. O Porto fica em quarto lugar com 6,4%.
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