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Turismo desacelera no primeiro semestre. Mercado britânico afunda 8%

No primeiro semestre, o número de hóspedes e de dormidas continuou a aumentar, mas desacelerou face ao ritmo de crescimento que se registava no mesmo período do ano passado.

Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt 13 de Agosto de 2018 às 11:07
O número de hóspedes cresceu 2,6% de Janeiro a Junho, o que compara com um crescimento de 9,7% no mesmo período do ano passado. Da mesma forma, o número de dormidas cresceu apenas 0,5% no primeiro semestre, bastante inferior à subida homóloga de 9,6%. Um dos mercados que mais está a penalizar o turismo em Portugal é o britânico com uma queda de 8% no primeiro semestre, o que se traduziu em menos 59,2 mil turistas britânicos. 

A mesma quebra nota-se nos proveitos (receitas) do sector, ainda que estes continuem a crescer a um ritmo elevado. Nos primeiros seis meses do ano passado os proveitos cresceram 18,9%, uma variação que diminuiu para 8,9% no primeiro semestre deste ano. Ao todo, o turismo registou proveitos superiores a 1,5 mil milhões de euros nesse período, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira, 13 de Agosto, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).  

Ao todo, o número de hóspedes ficou perto dos 10 milhões. Registaram-se 9,6 milhões de hóspedes, sendo que os residentes (que pesam menos) estão a crescer mais do que os não residentes. O número de dormidas aumentou ligeiramente (0,5%) para os 25,6 milhões, tendo sido registada uma quebra de 0,7% nos residentes no estrangeiro. Tal reflectiu-se na estada-média que passou de 2,7 dias para 2,64 dias. 

Este desempenho do turismo em território nacional está a ser influenciado pelo mercado britânico que pesa 24,4% das dormidas de não residentes. De Janeiro a Junho, as dormidas dos britânicos em Portugal afundaram 8%, apenas superada pela queda de 11,1% dos Países Baixos e de 8,6% da Polónia - ambos mercados que pesam muito menos. 

Mas nem tudo são más notícias. Há quatro mercados que se destacam pela positiva, por terem crescimentos significativos. É o caso dos EUA, cujas dormidas em Portugal aumentaram 18,7% no primeiro semestre, seguido de 12% do Canadá e 11,8% do Brasil (ver gráfico). As dormidas dos suecos em território nacional também cresceram de forma significativa (6,6%). 

Quanto a regiões, "no primeiro semestre de 2018, destacaram-se os crescimentos de 6,6% no Alentejo (região com um peso de 3,0% nas dormidas totais acumuladas) e de 6,2% no Norte (quota de 13,8% no mesmo período)", revela o INE. Os Açores e o Algarve também cresceram mais de 6%. Apenas a Madeira registou uma quebra homóloga de 1,3%.

No caso específico do Alentejo é de assinalar uma maior procura por parte de estrangeiros. Ao passo que noutras regiões as dormidas de não residentes diminuíram ou cresceram menos, no Alentejo este segmento acelerou face ao mesmo período do ano passado: cresceu 16,2% face a 14,6% no primeiro semestre de 2017.

Já no que toca ao tipo de estabelecimento, os hotéis continuam em crescimento (2,2%), mas os hotéis-apartamento registaram uma queda de 2,5%. É de assinalar ainda a queda de 17,3% na categoria de outros alojamentos turísticos. 

(Notícia actualizada às 11:34)
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