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Estrangeiros são responsáveis por 90% do crescimento do turismo no Alentejo

Apesar de ter um peso diminuto, o turismo no Alentejo foi o que mais cresceu no primeiro semestre deste ano. Grande parte desse aumento é explicado pela afluência de estrangeiros.

Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt 13 de Agosto de 2018 às 14:16
A maior parte das dormidas realizadas no Alentejo são de residentes, mas tem sido o mercado externo que mais tem crescido. No primeiro semestre deste ano, a região foi onde o turismo cresceu mais (6,6%). 87% desta subida deve-se às dormidas de não residentes, segundo os cálculos do Negócios com base nos números divulgados pela Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira, dia 13 de Agosto, que revelaram uma desaceleração do turismo em Portugal.

Em 2013, o Alentejo tinha recebido no primeiro semestre 276,8 hóspedes. Cinco anos depois, em 2018, o número subiu para 464,3 mil. São mais 187,4 mil hóspedes que rumaram ao Alentejo de Janeiro a Junho. Uma subida significativa que, ainda assim, faz com que a região pese apenas 3% do total do turismo em Portugal. 

Apesar de não ser possível, através dos dados do INE, desagregar o número de hóspedes por residentes e não residentes, é possível fazer essa comparação nas dormidas. Neste caso, o número de dormidas subiu de 456 mil em 2013 para 761 mil em 2018, mais 305 mil dormidas em território alentejano.

A responsabilidade desse aumento é dividida quase em parte iguais pelos dois segmentos: 156,7 mil de dormidas de residentes e 148,3 mil de não residentes. De assinalar que a maior parte (61%) das dormidas continuam a ser dos residentes.

Numa análise mais recente, se compararmos apenas o primeiro semestre deste ano com o mesmo período do ano passado verifica-se uma clara aceleração das dormidas de estrangeiros no Alentejo. Os números mostram que por cada 10 dormidas a mais no Alentejo nove eram de não residentes.

Por outras palavras, 87% do aumento deveu-se aos estrangeiros que decidiram dormir em terreno alentejano. De Janeiro a Junho deste ano o número de dormidas aumentou 46,8 mil, sendo que 40,9 mil desse acréscimo corresponde a não residentes e apenas 5,9 mil a residentes.

Nesta primeira metade do ano as dormidas de não residentes no Alentejo aumentaram 7,3% ao passo que as de residentes subiram 1,3%. No entanto, a estada-média caiu ligeiramente de 1,65 dias para 1,63 dias. 

No que toca aos proveitos totais, estes quase duplicaram em cinco anos, passando de 21,7 milhões de euros para 41,6 milhões de euros.
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