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Menos turistas britânicos levam a quebra das dormidas em Agosto
Em Agosto, o número de hóspedes aumentou, mas não o de dormidas. E isto devido a uma quebra das dormidas de não residentes, sobretudo dos turistas britânicos. Este mercado, o que mais pesa, registou uma diminuição de 12,3%.
O número de hóspedes cresceu 0,4% em Agosto. Mas o mesmo não aconteceu com as dormidas, que registaram um recuo de 1,9% nesse mês face ao período homólogo. Esta diminuição é justificada pela quebra das dormidas de não residentes, sobretudo dos turistas britânicos.
"Os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 2,5 milhões de hóspedes e 7,7 milhões de dormidas em Agosto de 2018, correspondendo a variações de +0,4% e -1,9% (-2,2% e -2,5% em Julho, respectivamente)", de acordo com os dados revelados esta segunda-feira, 15 de Outubro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Enquanto as dormidas de residentes cresceram 4,4% - o mercado interno contribuiu com 2,7 milhões de dormidas - as de não residentes diminuíram 4,9% em Agosto. Desde o início do ano, a quebra é de 2,2%.
Esta diminuição das dormidas de não residentes deveu-se, sobretudo, à redução do número de turistas britânicos - o mercado que mais pesa neste indicador. De acordo com o INE, o "mercado britânico (20,2% do total das dormidas de não residentes) recuou 12,3% em Agosto. Nos primeiros oito meses do ano, este mercado apresentou uma diminuição de 9,4%".
Isto num mês em que as dormidas de hóspedes espanhóis recuaram 1,1%, enquanto o mercado francês registou uma quebra de 8,1%. Nem o crescimento do mercado norte-americano (+27,9%), do canadiano (+20,9%) ou do brasileiro (+15,6%) foram capazes de compensar a descida das dormidas dos turistas europeus.
Norte e Alentejo escapam à tendência
Os turistas estrangeiros que continuam a vir de férias para Portugal estão a aumentar a sua procura, sobretudo, pelas regiões do Norte e do Alentejo.
"Nas dormidas de não residentes, em Agosto, registaram-se crescimentos apenas no Norte (+2,7%) e Alentejo (+0,5%)", de acordo com os dados do INE. Desde o início do ano, estas duas regiões registam aumentos de 6,3% e de 10,1%, respectivamente.
Já em sentido contrário, os "decréscimos mais acentuados ocorreram no Centro (-13,6%), Algarve (-7,2%) e RA Madeira (-5,6%)".