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Turismo cresce à boleia dos portugueses

Mais de 25 milhões de pessoas ficaram hospedadas nos estabelecimentos turísticos portugueses entre janeiro e novembro do ano passado. São os residentes no país que mais contribuem para o aumento.

Miguel Baltazar
15 de Janeiro de 2020 às 11:06
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Os estabelecimentos hoteleiros nacionais receberam, no conjunto de janeiro a novembro do ano passado, perto de 25,4 milhões de hóspedes, que responderam por mais de 66 milhões de dormidas. Os dados foram publicados, esta quarta-feira, 15 de janeiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que a atividade turística está a crescer, sobretudo, graças aos residentes em Portugal.

Ao todo, foram 25.399.900 hóspedes entre janeiro e novembro, o que corresponde a uma subida de 7,1% face a igual período de 2018. Estes totalizaram 66,3 milhões de dormidas, um aumento homólogo de 3%.

Para esta evolução está a contribuir, sobretudo, o mercado nacional, que apresenta um crescimento mais acelerado. Do total de hóspedes, 9,89 milhões eram residentes em Portugal, respondendo por 19,7 milhões de dormidas, valores que correspondem a aumentos de 7,6% e 6,3%, respetivamente. Outros 15,5 milhões de hóspedes eram não residentes, que responderam por um total de 46,5 milhões de dormidas, o equivalente a subidas homólogas de 6,8% e 3%, respetivamente.

Apesar desta evolução positiva, a estada média tem vindo a diminuir, com quebras cada vez mais acentuadas. Entre janeiro e novembro, os hóspedes passaram, em média, apenas 2,6 noites nos alojamentos, uma quebra de 3%. A taxa de ocupação acabou, assim, por cair em 0,7 pontos percentuais, para 48,8%.

Ao mesmo tempo, as receitas arrecadadas mantêm o ritmo de abrandamento. O rendimento médio por quarto disponível fixou-se em 51,3 euros no período de janeiro a novembro, um aumento de apenas 1,8%. Já os proveitos totais arrecadados pela hotelaria ultrapassaram os 4 mil milhões de euros, uma subida homóloga de 7%.

Madeira é a única região a cair

Há um abrandamento da atividade turística em algumas regiões, mas a Madeira é a única que continua a registar uma quebra. Entre janeiro e novembro do ano passado, a Madeira viu o número de hóspedes diminuir cerca de 2%, enquanto o número de dormidas recuou perto de 4%.

Já o Norte destaca-se como a região com o crescimento mais acelerado. Tanto os hóspedes como as dormidas estão a aumentar em torno de 10%.

A Área Metropolitana de Lisboa também recuperou em relação a 2018, registando, no ano passado, subidas de 7% e 5%, respetivamente, no número de hóspedes e de dormidas.

EUA, China e Brasil com as maiores subidas

Entre os turistas não residentes em Portugal, são os mercados de fora da União Europeia que mais crescem. As dormidas de turistas dos Estados Unidos aumentaram 20% no período em análise, enquanto a China e o Brasil registaram aumentos de 17% e 14%, respetivamente.

Em sentido contrário, Alemanha, França e Países Baixos, alguns dos principais mercados emissores do turismo português, estão em queda. O Reino Unido, que os operadores do setor temiam que viesse a cair, conseguiu, ainda assim, uma subida de 1% no número de dormidas.

Notícia atualizada pela última vez às 12h08 com mais informação.
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