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Taxa de ocupação no Algarve recua em Julho mas volume de vendas sobe
A taxa de ocupação média nas unidades de alojamento turístico no Algarve cifrou-se em 83,8% em Julho, uma queda de 3,9 pontos percentuais face a igual mês do ano passado. O volume de negócios, contudo, registou uma subida homóloga de 2,6%.
A taxa de ocupação média nas unidades de alojamento turístico no Algarve cifrou-se em 83,8% em Julho, uma queda de 3,9 pontos percentuais face a igual mês do ano passado, mas o volume de negócios aumentou 2,6%, indicou esta segunda-feira a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).
Os principais "culpados" pela quebra na ocupação são os mercados britânico e irlandês, com descidas homólogas de 10,3% e 11,2%, respectivamente.
Elidérico Viegas, presidente da AHETA, disse ao Negócios que "uma situação de quebra na ocupação e aumento do volume de negócios não é sustentável no tempo". "Os preços recuperaram depois do esmagamento que se verificou nos anos da crise, mas não podem continuar sempre a subir", frisou.
O responsável atribui a quebra significativa no mercado britânico não só ao Brexit, mas também à recuperação de alguns destinos turísticos tradicionais dos britânicos após períodos de instabilidade que beneficiaram o Algarve.
No entanto, Elidérico Viegas sublinha que se tem assistido a uma mudança nos canais de comercialização e distribuição. "O ‘independent traveller’, que faz directamente a marcação das suas férias, os voos e reservas de hotéis, já representa mais de 60% no Algarve. Essa menor dependência face aos grandes operadores turísticos, que vendem pacotes de viagens e privilegiam destinos onde têm maiores interesses económicos, é positiva. O desvio de turistas para outros mercados verifica-se essencialmente neste segmento dos pacotes de viagens", assinala.