No ano passado, os estabelecimentos de alojamento turístico  registaram 28,9 milhões de hóspedes e 77 milhões de dormidas, o que contribuiu para gerar proveitos superiores a 5 mil milhões de euros.

O valor traduz um aumento de 114,7% face a 2021 e supera os níveis anteriores à pandemia, segundo os números divulgados esta terça-feira pelo  Instituto Nacional de Estatística (INE). 

Em 2022, segundo os dados preliminares da instituição e  considerando a generalidade dos meios de alojamento (incluindo campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), o número de  hóspedes aumentou 80,7% e as dormidas 80,8%, respetivamente.

No entanto, comparando com os valores de 2019, estes números ainda estão ligeiramente abaixo do período pré-pandemia, tendo as dormidas registado uma diminuição de 1% (+5,4% nos residentes e -4,3% nos não residentes).

Olhando apenas para os dados de dezembro, o setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes (+44,2%) e 3,7 milhões de dormidas (+44,6%), correspondendo a 252,2 milhões de euros de proveitos totais (+65,4%) e 176,8 milhões de euros de proveitos de aposento (+64,2%).

Comparando com o mesmo mês de 2019, registaram-se aumentos de 22,9% nos proveitos totais e 25,5% nos relativos a aposento (+25,5% e +28,8% em novembro, respetivamente), detalha a mesma nota.

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (31,1%) foi ligeiramente acima do valor observado em dezembro de 2019 (31%), enquanto a taxa líquida de ocupação-quarto (37,8%) ficou ligeiramente abaixo (38,2% em 2019).

"Em dezembro, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 33,1 euros, e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,4 euros (+53,6% e +17,2% face a dezembro de 2021, respetivamente)". Em relação a dezembro de 2019, aumentou 18,9% e o ADR cresceu 20%.