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Quem é a Springwater Capital que vai comprar a Espírito Santo Viagens?

É uma sociedade de capital de risco suíça aquela que vai adquirir marcas como a Top Atlântico. Investe em empresas que não são centrais para os grupos em que se inserem. Ou que estão em dificuldades financeiras. Neste momento, aposta na Península Ibérica.

Correio da Manhã
29 de Setembro de 2014 às 13:11
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Era uma sociedade praticamente desconhecida em Portugal. O nome começou a circular quando passou a ser apontada como a melhor posicionada para adquirir a Espírito Santo Viagens, a empresa do Grupo Espírito Santo que detém marcas como a Top Atlântico ou a Mundo Vip Madeira. E é precisamente como a futura detentora dessas marcas que a Springwater Capital volta a ser notícia.

 

A Springwater é um fundo de capital de risco privado que se centra no investimento em outras empresas. Tem como vocação a compra de posições de controlo em pequenas e médias empresas que tenham um forte potencial de crescimento.

 

No site oficial, é indicado que a sociedade procura investimento em negócios sustentáveis que estejam subavaliados. Uma das opções é mesmo investir em instrumentos financeiros de empresas que estejam em dificuldades financeiras – participando, depois, no processo de reestruturação.

 

De acordo com uma descrição da empresa, feita quando adquiriu o negócio de gestão de documentos digitais à espanhola Indra, a Springwater investe, preferencialmente, em empresas que enfrentam desafios empresariais ou que tenham estruturas accionistas ineficientes. Segundo a mesma fonte, o fundo suíço também opta por adquirir activos que não são estratégicos para o grupo em que se insere.

 

A aposta na Península Ibérica

 

A Springwater foi fundada em 2001, estando presente na Suíça, Alemanha, Itália mas também Espanha. E é na Península Ibérica que, neste momento, está a apostar.

 

No próprio comunicado em que anuncia o acordo para a venda, a Rio Forte refere que a compra da ES Viagens é uma forma de a sociedade suíça reforçar os investimentos no sector do turismo. "A empresa suíça quer afirmar-se como um importante ‘player’ do mercado turístico ibérico", aponta o documento.

 

Em Espanha, a sociedade já começou a fazer compras há mais de um ano. A própria Rio Forte sublinha que, em Janeiro de 2014, o fundo suíço adquiriu a participação maioritária nos negócios da empresa turística espanhola Pullmantur (excepto o negócio dos cruzeiros). Também nesse mês, a Adveo España alienou à firma suíça os activos da actividade de fabrico e distribuição de produtos transformados de papel, incluindo a actividade comercial que tinha em Portugal.

 

A Península Ibérica passou por um processo de delicada situação financeira e muitas empresas tiveram de se redimensionar. Algumas porque tinham dificuldades em manter a actividade e a Springwater investe em empresas em situações frágeis mas não em empresas falidas, ressalvou Martin Gruschka, o fundador da firma, ao El Confidencial no início do ano. Outro dos aspectos centrais para a Springwater, e que faz sentido no actual momento que vive o mundo empresarial na Península Ibérica, é a necessidade de os grandes grupos alienarem activos não centrais para os seus negócios.

 

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