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O turismo e o imobiliário vão manter a dinâmica em 2018?

No turismo, a tendência tem sido de subida a dois dígitos e a perspectiva para 2018 é que os números de 2017 sejam ultrapassados. No imobiliário, os empreendimentos turísticos e centros comerciais podem protagonizar as grandes operações no próximo ano.

Bruno Simão/Negócios
Wilson Ledo wilsonledo@negocios.pt 29 de Dezembro de 2017 às 10:00
A meta para 2017 estava definida nos 22 milhões de turistas. A perspectiva, tendo em conta os ritmos de crescimento registados ao longo do ano, é que essa fasquia seja ultrapassada.

Para o turismo, a tendência tem sido de subida a dois dígitos. Os sucessivos dados do INE mostram que os proveitos estão a crescer mais rapidamente do que o número de dormidas ou hóspedes. Ou seja, quem nos visita está disposto a pagar mais. Apesar de espanhóis, britânicos, franceses e alemães ainda representarem a grande fatia da procura, a tendência é de diversificação. A esperança para 2018, dando continuidade a 2017, é de que Brasil, Estados Unidos e China – com novas ligações aéreas – possam tornar este bolo mais diverso. A aposta não é inocente: estes são os turistas que mais gastam, acima dos 96 euros, médios, por dia.

Na hotelaria, que já fez as previsões para 2018, os empresários mostram-se optimistas, prevendo melhores taxas de ocupação e preços médios por quarto no próximo ano. E a oferta sai reforçada, com a abertura de 66 novas unidades. Destas, um terço é em Lisboa.

Na capital, à boleia do alojamento local e dos estrangeiros que compram casa, a pressão imobiliária já se começa a sentir, com o preço do metro quadrado a rondar os 3.300 euros.  Já no imobiliário comercial, o investimento estrangeiro deverá ser novamente forte em 2018. As consultoras imobiliárias calculam um volume de mil milhões de euros que não ficou fechado em 2017. Agora, os investidores estão mais especializados e conscientes de que já não há pechinchas. Empreendimentos turísticos e centros comerciais podem protagonizar as grandes operações de 2018.

De onde vem

O turismo tem-se afirmado como um motor da economia portuguesa. A intenção é que, em 2018, mantenha o protagonismo.  

Vencedor de óscares
Em 2017, Portugal ganhou o título de melhor destino turístico do mundo nos World Travel Awards, conhecidos como os "Óscares" do sector.

Estratégia
Portugal apresentou uma estratégia para o turismo na próxima década, esperando duplicar as receitas turísticas até 2027, chegando aos 26 mil milhões de euros, com um crescimento médio anual de 7%.

Destino múltiplo
Portugal tem-se apresentado como um destino não só para visitar, mas também para viver e estudar, segundo a mensagem várias vezes replicada pelo actual Governo socialista.

Diversificação da oferta
Para obter uma procura mais distribuída ao longo do ano e do país, a aposta tem passado pela diversificação da oferta. Congressos ou turismo de natureza são apenas alguns exemplos promovidos.

Algarve e Lisboa
A maioria da procura continua a dar-se no período de Verão e nas regiões do Algarve e de Lisboa. Na capital, a conversão de habitação para alojamento local tem sido um dos tópicos de contestação no sector.

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