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Mendes Godinho: “Temos de agir de forma rápida no turismo, antes que fiquemos para trás”
Na apresentação da nova estratégia para o turismo português na próxima década, a secretária de Estado reconheceu problemas que afectam o sector. Agora, é preciso passar das “palavras e boas intenções” aos actos.
A secretária de Estado do Turismo considerou esta terça-feira, 24 de Maio, que "o turismo é demasiado importante para não ter uma estratégia". Ana Mendes Godinho falava em Tomar, durante a apresentação da estratégia do sector para a próxima década – a Estratégia Turismo 2027.
Para a responsável, não chegam "palavras e boas intenções". "Temos de agir de forma rápida e decisiva antes que fiquemos para trás", posicionou. No fundo, passar dos desejos à concretização.
Para tal, Ana Mendes Godinho reconheceu problemas que afectam o sector como a falta de qualificação da mão-de-obra, a inexistência de infra-estruturas, as dificuldades de capitalização das empresas ou a concentração da procura em termos territoriais.
"Não acredito em teorias fundamentalistas que dizem que não há nada a fazer quanto à sazonalidade", rematou ainda no Convento de Cristo.
A nova estratégia – que define 10 desafios para o sector até 2027 – avança agora para debate público nos próximos meses, envolvendo agentes de dentro e fora do sector. O documento enquadrará o novo quadro comunitário de apoio 2021-2027.
O sector do turismo representa 15,3% das exportações nacionais e 8,2% do emprego em Portugal. Mesmo com estes números "positivos", a meta está em gerar mais riqueza e criar mais "emprego qualificado" no sector.
Para Ana Mendes Godinho, a Estratégia Turismo 2027 representa "um caminho comum, com os consensos necessários para a próxima década" no sector do turismo, com o Governo a assumir a necessidade de uma "estratégia planeada".
Para dinamizar o sector, o Governo já lançou linhas de investimento no valor global de 110 milhões de euros com vista à qualificação da oferta e aposta na inovação e empreendedorismo.
A redução da taxa do IVA, o lançamento de um programa de captação de novas rotas aéreas ou as medidas previstas no Simplex+, com vista à desburocratização e simplificação dos licenciamentos dos empreendimentos turísticos, são outros exemplos.